Após 10 anos, torcedor vai a júri popular acusado de jogar bomba contra torcida do Treze

Crime aconteceu durante partida entre Ceará e Treze da Paraíba na Arena Castelão, em Fortaleza, em fevereiro de 2014

Glauber Henrique Pinho Araújo, de 29 anos, integrante de uma torcida organizada do Ceará, foi pronunciado pela Justiça cearense e deverá ir a júri popular, dez anos após a ocorrência em que ele teria jogado uma bomba caseira contra torcedores de um time paraibano. O fato aconteceu no dia da disputa de uma partida pela Copa do Nordeste, dentro da Arena Castelão.

O réu é acusado de arremessar o explosivo artesanal contra torcedores do Treze, time de Campina Grande, na arquibancada do estádio, durante a partida contra a equipe cearense, em Fortaleza, em fevereiro de 2014. A data do julgamento pelo júri popular ainda não está definida.

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A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônica (DJE) no último dia 11, pela 4ª Vara do Júri de Fortaleza. Em 2019, o torcedor foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por homicídios tentados, qualificados pelo motivo torpe e emprego de explosivo contra as vítimas Thiago Batista Leles e Victor de Drumond e Silva.

Conforme a decisão, diante da ausência de elementos novos e considerando o extenso lapso de tempo da tramitação processual, o acusado terá o direito de recorrer em liberdade, revogando-se as medidas cautelares aplicadas.

A defesa do réu solicitou nos autos o “reconhecimento da inépcia da inicial, a impronúncia do acusado, absolvendo-o sumariamente por falta de indícios mínimos de autoria, a nulidade do reconhecimento do acusado, vez que a vítima não o reconheceu em audiência, e, se for o caso, a desclassificação do crime para lesão corporal”. Os pedidos não foram acatados.

Segundo a denúncia do MPCE, no dia do crime, integrantes do Movimento Organizado Força Independente (Mofi), torcida organizada do Ceará, passaram a provocar torcedores do Treze da Paraíba, momento que o réu jogou um bomba contra os rivais.

Nos autos do processo, após a análise de imagens do local, foi constatado que a bomba explodiu, mas não chegou a atingir os torcedores rivais. Eles teriam conseguido se proteger a tempo. A denúncia aponta que a motivação do crime foi torpe e que o réu agiu apenas em razão das vítimas serem torcedores de um time rival.

De acordo com o depoimento das vítimas, elas estavam na arquibancada observando a discussão “no momento em que o artefato foi atirado da outra torcida”.

No momento, as vítimas acreditaram que o objeto se tratava de uma garrafa d'água, mas que só depois foi percebido que era uma bomba caseira, fazendo com que dezenas de pessoas tenham corrido do local.

O réu foi identificado pelas vítimas e preso em flagrante, tendo a prisão homologada e convertida em medidas cautelares.

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