Três são réus por morte de casal que saía de condomínio na Maraponga

Crime foi motivado pela rivalidade entre facções criminosas, apontou a investigação. Dois suspeitos estão presos e a Polícia Civil segue trabalhando para identificar mais partícipes

18:44 | Set. 25, 2024

Por: Lucas Barbosa
Câmera de segurança flagrou momento em que casal é executado na Maraponga (foto: Reprodução)

Três homens são réus acusados de participação no assassinato de um casal no último dia 26 de agosto no bairro Maraponga, em Fortaleza. Ao todo, pelo menos, dez pessoas participaram das execuções de Thiago Noronha da Silva, de 35 anos, e Fernanda Ingryd Fernandes Pereira, de 22 anos.

As vítimas saíam de carro de um condomínio localizado na rua Itacira quando foram surpreendidas pelos criminosos. Denúncia do Ministério Público Estadual (MPCE), à qual O POVO teve acesso, afirma que 69 estojos, projéteis e cartuchos de arma de fogo foram encontrados no local do crime.

O MPCE aponta que depoimentos de testemunhas e análise das imagens de câmeras de segurança indicaram que entre os atiradores estavam: Paulo Gleison de Castro Soares, conhecido como PG, de 34 anos; Felipe Lima Andrade, conhecido como Jacaré ou Gia, de 30 anos; e Wander Lincoln Lima Torres, de 26 anos.

Paulo Gleison foi preso instantes após o crime ao dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Itaperi. Ele foi baleado acidentalmente por um de seus comparsas. Felipe foi preso em 3 de setembro por força de mandado de prisão preventiva. Já Wander Lincoln é procurado.

De acordo com a investigação da 9ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os réus são integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV).

O crime teria sido motivado por os criminosos acreditarem que Thiago tinha envolvimento com facções rivais e que ele teria participado ou determinado a morte de um membro do CV.

A denúncia do MPCE foi ofertada no último dia 9 de setembro. As investigações seguem em andamento visando identificar demais suspeitos de envolvimento no duplo assassinato. O caso tramita em segredo de Justiça.

“Mais informações serão repassadas em momento oportuno no intuito de não atrapalhar as investigações”, afirmou, em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).