Elmano se manifesta sobre morte de jovem em desocupação: "versão correta deve ser dada pela investigação"

O governador do Estado do Ceará, Elmano de Freitas (PT), se posicionou acerca da morte de uma mulher de 28 anos durante a tentativa de desocupação de um terreno localizado no bairro Carlito Pamplona, em Fortaleza. Segundo o chefe do Executivo estadual, “a versão correta deve ser dada pela investigação policial”, que está em curso desde a última terça-feira, 10, data em que ocorreu o confronto.

A ponderação de Elmano faz referência às distintas versões que têm sido divulgadas desde que o caso veio à público. A empresa responsável pelo imóvel, a Fiotex, informou que no fim da tarde de sexta-feira, 6, a Polícia Militar do Ceará emitiu ofício sobre a demarcação irregular do terreno. No mesmo dia, de acordo com a empresa, foi registrado um boletim de ocorrência no 34º Distrito Policial, no Centro.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), por sua vez, alegou que o embate começou quando seguranças contratados por uma empresa privada, proprietária do terreno ocupado por um grupo de moradores, teria iniciado a desocupação durante a madrugada.

“A versão correta deve ser dada pela investigação policial, o que eu determinei à Secretaria da Segurança Pública é absoluto rigor na investigação. O caso é grave, sou solidário à família, é inconcebível nos dias de hoje você ter uma ação em que uma jovem, com a vida toda pela frente, perca a vida dessa maneira”, reforçou o governador na manhã desta quinta-feira, 12.

Ainda conforme Elmano, as investigações precisam ser realizadas com “muito rigor” para evitar que uma pessoa inocente seja culpada por um crime que não cometeu.

“Não podemos, com a vontade de punir alguém, de repente punir alguém que não seja responsável por aquilo. Nós já temos pessoas presas, e essa investigação vai prosseguir. No momento em que tivermos a segurança de poder apontar quem é o responsável, nós teremos o poder provar que o responsável é aquela pessoa”, complementa.

A vítima, Mayane dos Reis, morreu após ser baleada durante a tentativa de desocupação. Ela chegou a ser atendida em uma unidade de saúde do bairro Pirambu, mas não resistiu aos ferimentos.

O terreno onde ocorreu o conflito estava sendo ocupado por populares há cerca de 15 dias. Conforme apurado pelo O POVO, Mayane não era moradora da ocupação, contudo, estava na rua próxima ao local porque foi atrás do marido que estava dentro do imóvel.

Após a morte, moradores da região realizaram uma manifestação nos arredores da ocupação cobrando justiça pela morte da mulher. Ônibus que circulam na região do Grande Pirambu tiveram desvios de rotas ou pararam de circular temporariamente.