Vídeos mostram conflito entre Choque e moradores na avenida Francisco Sá

Uma mulher foi morta durante uma desocupação de terreno particular realizada por seguranças particulares. Moradores criaram barricadas e depredaram ônibus

Imagens enviadas por moradores do Carlito Pamplona, em Fortaleza, mostram o confronto entre moradores e policiais militares, nesta terça-feira, 10, na avenida Francisco Sá, em Fortaleza.

A ocorrência teve início durante a madrugada, após a desocupação de um terreno, que axabou registrando a morte de uma mulher de 28 anos de idade, atingida por tiros.

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Diante da situação, moradores atearam fogo em pneus, colocaram barricadas nas vias e depredaram ônibus. A Polícia foi acionada para desobstruir as vias e houve confronto. A ocupação da Polícia tem mais de 30 viaturas do Choque e não há previsão para retirada.

Após os primeiros registros das manifestações, militares foram até o local e realizaram incursões retirando as barricadas. Imagens da aeronave da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) mostram movimentação e confronto na avenida Francisco Sá. Moradores também filmaram a correria de pessoas que tentavam enfrentar os militares do Batalhão de Choque.  

Durante a manhã, cinco linhas de ônibus fizeram desvios na área e outras 14 ficaram sem funcionamento. A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) informou que três ônibus foram atacados nesta manhã. Dois veículos foram apedrejados e um foi alvo de tentativa frustrada de incêndio.  A Guarda Municipal de Fortaleza foi acionada e segue no Grande Pirambu. 

A proprietária do terreno, empresa Fiotex, ressaltou que foi informada sobre uma demarcação irregular na área e registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.) no 34º Distrito Policial. A empresa afirma que na madrugada desta terça-feira, 10, "adotou as medidas para cessar a demarcação ilegal".

Conforme a nota, a ação foi testemunhada por policiais militares e ocorreu de forma pacífica por duas horas, no entanto, a equipe teria sido surpreendida por agressores vindos de fora do terreno, que arremessavam pedras e ateavam fogo.  

Ainda de acordo com a nota da empresa, um trator que era usado na ação foi destruído e incendiado. Conforme a Fiotex, a empresa não compactua com atos de violência. "A empresa é proprietária do terreno há mais de 20 anos. O imóvel está registrado na matricula 3507 no cartório da terceira zona", informa. 

Havia uma placa da construtora Mota Machado no local, no entanto a empresa se manifestou informando que não é proprietária do terreno e que a logomarca pintada em um muro se trata de uma divulgação antiga da marca, que era realizada em espaços da cidade. 

A nota da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informa que a desocupação foi iniciada por seguranças contratados pela empresa privada proprietária do terreno, no entanto, durante a ação, outros indivíduos colocaram fogo em entulhos e vegetações.  

A SSPDS confirmou que uma mulher foi baleada e não resistiu aos ferimentos. A morte é investigada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). 

O POVO apurou que a equipe da inteligência atuou no local e que o Batalhão de Choque negociou com lideranças comunitárias para que os moradores parassem com os protestos. Os policiais orientaram que estavam no local, não para reintegrar a posse do terreno, mas parar com a obstrução da via. 

 

 

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