Elmano determina apuração rigorosa de morte durante desocupação em Fortaleza

O governador do estado do Ceará afirmou que a desocupação foi realizada por seguranças particulares e que três pessoas foram levadas à delegacia

O governador Elmano de Freitas (PT) utilizou as redes sociais nesta terça-feira, 10, para informar que determinou ao secretário da Segurança Pública uma rigorosa apuração da violência durante uma desocupação de um terreno no bairro Carlito Pamplona nesta madrugada. Uma mulher de 28 anos foi morta na ação, e os ocupantes da região realizaram manifestações.

Moradores queimaram pneus e montaram barricadas em via pública. A Polícia foi acionada para o local e realizou incursões na comunidade. Ônibus também foram depredados, cinco linhas fizeram desvios e 14 pararam de funcionar. 

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"Nossa Polícia está investigando o episódio de violência ocorrido durante uma desocupação em área privada nesta madrugada", ressalta o governador do Ceará. 

Elmano afirmou que a desocupação foi realizada por seguranças particulares e que a Polícia Militar foi acionada imediatamente e controlou a situação. Três pessoas foram identificadas, sendo que duas foram localizadas e conduzidas à delegacia para prestar depoimento. 

"Determinei ao nosso secretário da Segurança pública rigorosa apuração deste lamentável episódio", afirma. 

Empresa dona do terreno nega violência na ação


A empresa Fiotex, dona do terreno, nega que houve violência durante a ação de desocupação.

Em nota, a Fiotex informa que no fim da tarde de sexta-feira, 6, a Polícia Militar do Ceará emitiu ofício sobre a demarcação irregular do terreno. No mesmo dia, de acordo com a empresa, foi registrado um boletim de ocorrência no 34º Distrito Policial, no Centro.

“Na madrugada desta terça-feira (10), a empresa adotou as medidas para cessar a demarcação ilegal. Não havia moradores no terreno. A ação foi testemunhada por policiais militares e ocorreu de forma pacífica por quase duas horas”, informa a nota.

O texto relata ainda que a equipe “foi surpreendida por agressores vindos de fora do terreno, arremessando pedras, ateando fogo e realizando disparos contra todos que se encontravam no local e seus arredores”.

Ainda de acordo com a nota, o trator usado na ação foi destruído e incendiado, deixando dois colaboradores feridos. Os mesmos foram encaminhados para uma unidade hospitalar da rede particular de saúde.

“A Fiotex não compactua com atos de violência. A empresa está à disposição dos órgãos de segurança para colaborar com as investigações e se solidariza com a família da vendedora Mayane Lima e com todas as outras vítimas. A empresa é proprietária do terreno há mais de 20 anos. O imóvel está registrado na matrícula 3507 do Cartório da terceira zona”, finaliza.

Atualizada às 16h35min

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