Incêndio no Cocó: fortes ventos fazem intensidade do fogo aumentar

Incêndio foi registrado no início da tarde desta quinta-feira, 5, chegou a ser amenizado, mas os fortes ventos e a baixa umidade intensificaram as chamas

14:24 | Set. 05, 2024

Por: Gabriela Monteiro
Incêndio na vegetação no Parque do Cocó, próximo à BR-116 (foto: Corpo de Bombeiros do Ceará)

Combate ao incêndio em área de vegetação do Parque do Cocó, nas proximidades da avenida Alberto Craveiro, na BR-116, continua na noite desta quinta-feira, 5. O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) foi acionado por volta do meio-dia e continua a debelar as chamas, junto à brigada da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema). O incêndio chegou a diminuir ao longo da tarde, mas com os fortes ventos e a baixa umidade a intensidade aumentou.  

Há duas guarnições de combate ao incêndio no local, que trabalham com o apoio do caminhão tanque para suporte de água.

À rádio O POVO CBN, os Bombeiros relataram dificuldade para apagar o fogo em decorrência dos ventos fortes, que chegam a 37 quilômetros por hora (km/h). O CBMCE informou ainda que a Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciops) sobrevoaram o local para ver como ajudar, já que por trás supermercado passa uma rede de alta tensão. 

Os bombeiros seguem no local para que o fogo seja controlado e não se espalhe para outras áreas, já que ainda existem focos de incêndio no local.  Em nota, o CBMCE "reforça a importância da colaboração da população para evitar incêndios em vegetação, especialmente neste período de estiagem. Qualquer foco de incêndio deve ser imediatamente comunicado ao número 193". 

O impacto para os moradores do entorno

O POVO foi até as proximidades do local para conversar com os moradores. Ana Evangelista fazia compras nas proximidades e relatou que já presenciou dois incêndios no mesmo local. Ela afirmou que a fumaça incomoda quem mora na região. 

No comércio, nas proximidades do local do incêndio, os profissionais pausaram as atividades devido por causa da fumaça e do calor. 

O motociclista de aplicativo Diego Carvalho é morador da Serrinha, mas estava nas proximidades do local do incêndio para buscar a esposa. Ele destaca a dificuldade de trafegar na região quando há fumaça. "Também fica mais quente, mais complicado de dormir. Minha esposa tem rinite e sinusite", afirma. 

No estabelecimento comercial nas proximidades, alguns profissionais relataram ter passado mal. A brigada de incêndio da loja foi dar apoio para os Bombeiros. "Aqui tem direto, era bom uma fiscalização", aponta uma moradora, que preferiu não se identificar.  

Morador do Dias Macedo, o senhor Selismar Costa relatou que trabalha nas proximidades do local do incêndio e que viu o fogo começar, por volta das 12h30. Ele também aponta a frequência dos focos e descreve que a mata fica seca e que a região é abafada. Apesar da situação, o homem relata que ano passado os casos foram mais repetitivos. "Basta secar de chuva que começam (os incêndios)", descreve.

 

Matéria atualizada às 20h05min

Com informações das repórteres Bruna Lira e Mariana Rebouças da Rádio O POVO CBN