30° Grito dos Excluídos e Excluídas acontece neste sábado, 7, saindo do Passeio Público

O arcebispo dom Gregório Paixão estará presente discursando no ato. Participantes de diferentes grupos e coletivos discutirão temas como feminicídios, impactos do projeto de dessalinização na Cidade e vida após o cárcere

30° Grito dos Excluídos e Excluídas, realizado neste sábado, 7, saírá da Praça dos Mártires, mais conhecida como Passeio Público, no Centro de Fortaleza, com destino à Comunidade Poço da Draga. O tema deste ano é “Vida em primeiro lugar! Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”.

O Grito é um evento que acontece desde o ano de 1994, que surgiu em uma reunião de avaliação do processo da 2° Semana Social Brasileira, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

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A CNBB assumiu a liderança do Grito no ano de 1996 e aprovou o evento em sua Assembleia Geral como parte do Projeto Rumo ao Novo Milênio (PRNM).

Segundo o padre da Arquidiocese de Fortaleza, José Álvaro Campos Vieira, a concentração do ato começa às 14 horas. “Às 15 horas será o início efetivo, com uma mística — um momento de oração — . Depois terá a fala do arcebispo dom Gregório Paixão”, explica.

O padre explica que mística é um momento de celebração voltado para pessoas religiosas e não religiosas. “É um momento celebrativo, aberto para credos diferentes”, explica.

Também falarão no ato Ana Jéssica, do grupo cearense Marcha das Mulheres, discursando sobre feminicídio; Maria Marlita, da Comunidade Raízes da Praia, sobre o impacto do projeto de dessalinização na Cidade e na população; a egressa do cárcere, Andreia Maciel, contando um pouco mais dos obstáculos que egressos encontram ao retornar à sociedade; entre outros.

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O padre conta que está confiante em relação às expectativas de público participante do ato. “Quando o Grito começou a ser idealizado, a partir do mês de maio, apareceram vários parceiros (...) Este ano conseguimos congregar uma diversidade de pessoas, de vários movimentos”.

Padre Álvaro detalha que após as eleições, será realizada uma sessão solene na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece). “Iremos fazer uma exposição sobre os 30 anos do Grito e apresentaremos aos deputados uma carta aberta com nossas reivindicações para uma cidade mais justa e igualitária”.

Ainda de acordo com ele, o impacto dependerá da recepção dos deputados, mas que, independente de recepção positiva ou não, “a luta continuará”.

O tema do próximo ano não está definido, mas deverá estar relacionado com a Campanha da Fraternidade. Segundo padre Álvaro, o tema do próximo ano será sobre ecologia. “Será sobre a crise climática”.

Álvaro afirma que o grande motivo para a realização do evento é que “fomos acostumados a pensar no dia 7 de setembro como o Dia da Independência. Nós podemos indagar, ‘será que o Brasil é realmente um país independente?’ Nós acreditamos que não”.

Ele continua: “Nós sabemos que o País é uma potência, estando entre as dez maiores do planeta. O Brasil é um dos países que mais produz alimentos. Mas existe fome. Como pode ser um dos maiores produtores de alimentos se tem gente na sua própria casa passando fome?”, explica.

Segundo dados de 2023 da Conferência da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Brasil é o quarto maior produtor de alimentos no mundo.

Pela existência da desigualdade e injustiça social, a data foi escolhida como um contraponto ao feriado nacional. “Essa independência do Brasil nunca se efetivou. Nós somos subservientes ao capitalismo, imperialismo americano e estamos lutando pela nossa independência”, afirma.

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A concentração para o Grito se iniciará na Praça dos Mártires, conhecida como Passeio Público, às 14 horas e começará as atividades do ato às 15 horas, percorrendo do Centro até o Poço da Draga, uma comunidade centenária da Capital.

Serviço
30° Grito dos Excluídos e Excluídas

Quando: 7/9, às 14 horas
Onde: Praça dos Mártires, Centro. Fortaleza (CE)
Gratuito

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