Profissionais do Distrito Sanitário Especial Indígena do Ceará recebem treinamentos do Samu

Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais do Distrito Sanitário Especial Indígena do Ceará (Dsei) participaram. Objetivo é beneficiar 38 mil indígenas

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), unidade da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), iniciou o treinamento de 120 profissionais do Distrito Sanitário Especial Indígena do Ceará (Dsei), na sede do órgão, em Fortaleza. Os treinamentos seguem até esta sexta-feira, 30.

O Dsei é um órgão ligado ao Ministério da Saúde e os treinamentos englobam aulas práticas e teóricas, relacionadas aos primeiros socorros e Suporte Básico de Vida. O órgão acompanha 17 municípios do Ceará que têm população indígena, a maioria se concentra na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

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Estão à frente do curso Yuri Tavares, diretor do Núcleo de Educação em Emergências (NEU) do Samu, e a enfermeira Samyla Citó. “Se você começa a fazer as manobras de primeiros socorros logo, enquanto a ambulância do Samu 192 não chega ao local para realizar o atendimento, você pode mudar o desfecho do paciente que esteja precisando de salvamento naquela hora”, explica Yuri, em nota.

O diretor ressalta que os treinamentos podem ser realizados em conjunto com diversos órgãos, sejam eles federais ou municipais.

Ao O POVO, a enfermeira e Responsável Técnica (RT) pela imunização em áreas indígenas, Marisângela Dutra, explica que esta é a primeira vez que é realizada a preparação de profissionais que trabalham com a população indígena em conjunto com o Samu.

“Já existe um planejamento firmado, porque nós temos 17 municípios com população indígena no Ceará. Assim como vamos fazer de forma diferenciada a mesma temática, trabalhando nossos motoristas de carros de equipes e pacientes.” Ainda segundo ela, cerca de 38 mil indígenas cadastrados no Dsei serão beneficiados.

De acordo com ela, os veículos não são ambulâncias. Os motoristas realizam o transporte da população indígena às sedes dos municípios ou à Capital, em casos de intervenção da atenção secundária ou terciária.

“Iremos prepará-los para identificar essas questões, principalmente do AVC — Acidente Vascular Cerebral —, parada cardiorrespiratória, choque anafilático, entre outras situações”, detalha a enfermeira.

Marisângela relata que o retorno dos profissionais é bastante positivo. “A resposta dos profissionais é muito boa, eles se sentem muito valorizados”.

A cirurgiã-dentista da saúde indígena, Jôsy Machado, que trabalha com o povo Pitaguary no Polo Maracanaú, relata que adorou o curso e que é fundamental para qualquer profissional da saúde.

“É de suma importância para todos de uma forma geral. Muito bom adquirir esses conhecimentos tão importantes para salvar uma vida”.

Já a médica de saúde indígena, Luma Castelo, que atende o povo Tapeba no Polo Potyrõ, em Caucaia, afirma que a capacitação é “super importante para melhor atender nossos pacientes”.

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