Nova sede do Iphan Ceará é inaugurada na Estação das Artes em Fortaleza

Mudança ocorre para manter a proximidade com demais órgãos que atuam em conjunto com a instituição nos processos de tombamento de bens no Estado, como a Secretaria de Cultura do Estado

A nova sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-CE) passou a integrar o conjunto de instituições instaladas no Complexo Cultural Estação das Artes, no Centro de Fortaleza. Anteriormente, a instituição estava sediada ao lado do Teatro José de Alencar (TJA), também no Centro. A inauguração da nova sede foi realizada nesta quinta-feira, 29, no Complexo Cultural.

A mudança ocorre para manter a proximidade com demais órgãos que atuam em conjunto com a instituição nos processos de tombamento de bens no Estado, como a Secretaria da Cultura do Ceará (Secult). Em junho passado, a sede da Secult também foi transferida para o Complexo Cultural, que antes era a antiga Estação Ferroviária Dr. João Felipe. A edificação está incluída na lista do Patrimônio Cultural Ferroviário.

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De acordo com superintendente do Iphan Ceará, Cristiane de Andrade, afirma que a proximidade garante celeridade dos processos e uma melhor comunicação entre os órgãos.

“Nós temos bens tombados tanto pelo âmbito Federal quanto pelo Estado, e estando juntos no mesmo espaço vai facilitar a comunicação e a divulgação dos processos, e é muito importante essas parcerias”, comenta.

Conforme o Iphan, a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) cedeu ao instituto um conjunto de edificações que, anteriormente, abrigava a Estação João Felipe. Em sequência, o Iphan cedeu a maior parte da área ao Governo do Ceará para a instalação do Complexo Cultural Estação das Artes, que passou por obras de recuperação no local para abrigar novos usos. O local foi inaugurado em 2022.

Ainda segundo Cristiane, existe um processo inicial para o tombamento de um Conjunto Urbano Histórico do Centro de Fortaleza que deve abrigar algumas edificações. O Iphan informou que quais e quantos locais serão definidos no processo de tombamento, que teve início em 2021, e tem um prazo de cinco anos para ser finalizado.

A superintendente do órgão no Estado explicou que, durante o processo de tombamento, inicialmente, é necessário ter uma motivação para o processo. Em seguida, os técnicos do Iphan fazem um parecer que será enviado à Brasília e depois o órgão instrui o processo de tombamento.

“Isso demora alguns anos porque ainda temos que fazer pesquisas, verificar como está cada bem, estudar caso a caso. É um processo demorado, mas não é impossível”, disse Cristiane.

O presidente do Iphan, Leandro Grass, informou que a mudança da superintendência e a continuidade dos processos de tombamento acontecem após uma fase “fragilizada” do órgão federal. Ele aponta declínio de orçamento e isolamento do governo federal durante a ex-gestão e afirma que o momento é de reestruturação do órgão.

Entre as medidas, Leandro afirma que a divulgação de um novo concurso público que deverá ser divulgado nos próximos meses. O presidente ressaltou a continuidade das atividades do órgão no Estado para a importância de preservar os patrimônios culturais. “Há alguns processos de tombamento em curso, registro de patrimônio imaterial e cadastro de sítio arqueológicos”, destaca

A superintendente ressaltou a importância de transformar os bens tombados em equipamentos. “Quando a gente tem um bem tombado abandonado, o próprio abandono faz com que as coisas vão se deteriorando. Eles precisam ser ocupados. Para nós, é muito importante que esses bens sejam equipamentos”, pontua.

Estiveram também presentes na inauguração da nova sede, a secretária de Cultura do Ceará, Luisa Cela; o reitor da Universidade Federal do Ceará, Custódio Almeida; a coordenadora do Escritório do Ministério da Cultura (MinC) no Ceará, Andréa Vasconcelos; e outras autoridades locais.

UFC terá novo curso de Arqueologia com início das aulas para 2026

A Universidade Federal do Ceará (UFC) terá o primeiro curso de graduação em Arqueologia. O anúncio foi realizado pelo reitor da UFC, Custódio Almeida, durante a inauguração da nova sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-CE), nesta quinta-feira, 29.

A expectativa é que o curso seja implantado até o final do próximo ano, com ofertas de vagas pela edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2025, com início do curso em 2026. Ao todo, devem ser ofertadas 50 vagas, sendo 25 distribuídas no primeiro semestre e 25 no segundo.

De acordo com o reitor da UFC, Custódio Almeida, o curso será vinculado ao Centro de Ciências da UFC junto ao Departamento de Geologia, no campus do Pici, em Fortaleza. “O que depende mais diretamente da UFC, eu posso já dizer que é, ainda neste ano de 2024, o projeto será aprovado nas instâncias superiores da Universidade”, disse.

O projeto passará pelas seguintes instâncias: o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e o Conselho Universitário da Universidade Federal do Ceará (Consuni). Após a aprovação, a UFC deve iniciar a preparação das condições de oferta do curso que envolve servidores, docentes, técnicos, preparação do espaço, além das ofertas de vagas.

A previsão é que até o fim deste ano o projeto de implantação do curso seja aprovado na UFC. Atualmente, o Brasil conta com 14 cursos de graduação que possibilitam a formação em Arqueologia.

Confira fotos da inauguração


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