Saiba quem são as vítimas do duplo homicídio registrado na Maraponga
Características do crime indicam que o crime foi motivado pela rivalidade entre as facções e que Thiago Noronha da Silva, de 35 anos, era o principal alvo dos criminososAs vítimas do duplo homicídio registrado na noite dessa segunda-feira, 26, no bairro Maraponga, em Fortaleza, são Thiago Noronha da Silva, de 35 anos, e Fernanda Ingryd Fernandes Pereira, de 22 anos. As características indicam que o crime foi motivado pela rivalidade entre facções criminosas e que Thiago seria o principal alvo dos criminosos.
Ele foi apontado como integrante da facção Guardiões do Estado (GDE) em um inquérito policial que investiga um homicídio ocorrido em janeiro deste ano na Praia do Futuro II — bairro que, como O POVO mostrou no último dia 13 de agosto, sofre em 2024 com o acirramento do conflito entre organizações criminosas rivais.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Thiago aparecia na investigação da 10ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) como um dos suspeitos de matar Marcos Gregório de Moraes Júnior, de 32 anos, crime ocorrido em 8 de janeiro nas proximidades da Torre de Segurança da Guarda Municipal do bairro.
Denúncia feita ao DHPP indica que o crime foi motivado pela rivalidade entre a GDE e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Marcos Gregório seria um dos chefes do PCC no bairro, atuando, inclusive, no jogo do bicho.
Leia mais
Contra Thiago, uma ordem de busca e apreensão domiciliar chegou a ser expedida no âmbito da investigação do assassinato de Marcos Gregório, mas ele ainda não havia sido indiciado formalmente pelo crime.
Também é investigado o envolvimento de Thiago em uma ocorrência registrada no domingo, 25, já na Maraponga, em que um homem foi baleado. Nas proximidades do condomínio onde ele morava, há uma comunidade que registra atuação da facção Comando Vermelho (CV).
Thiago tinha passagens pela Polícia por crimes como roubo, receptação, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo, ameaça, desobediência, desacato, adulteração de chassi e crime contra a administração pública.
Fernanda Ingryd, por sua vez, não tinha antecedentes criminais. Ela trabalhava como técnica de enfermagem e seria companheira de Thiago. Até o momento, nenhum suspeito do crime foi preso.
O POVO questionou se uma pessoa baleada que deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Itaperi também na noite dessa segunda teria envolvimento com o crime, mas a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) não respondeu até a publicação desta matéria.
A pasta informou que a 9ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) é a unidade responsável pela investigação do caso.