Acidente com VLT: sobrevivente de 82 anos está em coma e apresenta 15 fraturas

Familiares afirmam que vão entrar na Justiça contra o Metrofor e criticam a sinalização no local

17:57 | Ago. 20, 2024

Por: Jéssika Sisnando
Acidente VLT, no bairro Vila União, em 15 de março de 2024 (foto: FERNANDA BARROS)

Uma das duas vítimas sobreviventes do acidente entre um carro e um vagão do Veículo Leve sob Trilhos (VLT), na última quinta-feiram, 15, em Fortaleza, segue internada, em coma, em um hospital particular da Capital. Francisca das Chagas de Lima Dantas, de 82 anos e mãe de 10 filhos, está na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) com mais de 15 fraturas. No acidente, três pessoas morreram. Os ocupantes do veículo eram das mesma família.

As vítimas fatais foram Enzo Alves Dantas, de seis anos, Maria Patrocínio Alves Medeiros, de 72 anos, avó de Enzo, e a tia de Enzo e filha de dona Patrocínio, Maria Auricélia Alves de Medeiros, de 38 anos. O filho de Francisca, Issac Lima Dantas, conta que a mãe tem osteoporose, o que torna a repcuperação das fraturas um desafio ainda maior. "A recuperação é lenta, pois tem que deixar em uma posição só. Ela tem 15 fraturas, oito nas costelas, pélvis, quadril. Somente em uma costela tem três fraturas", afirma.

A motorista do veículo teve alta hospitalar e segue em casa. Ela perdeu a mãe, o filho e a irmã. Não quebrou um único osso, ressalta o parente. 

De acordo com Issac, o vídeo que tem sido divulgado nas redes sociais que mostra o acidente está em uma posição que favorece a uma interpretação errada e não deixa claro a improvisação da cancela. "A posição que saiu o vídeo favorece o erro, mas se você posicionar (de outro jeito) constata que não é possível ver a cancela, que é um cano de PVC, que não dá nem dois metros. ", descreve. Isaac afirma que deverá entrar na Justiça contra o Metrofor.

Através de nota, divulgada ainda no dia do acidente, o Metrofor afirmou que "as sinalizações do local estavam em funcionamento no momento do acidente".