Banhistas driblam rajadas de vento para curtir a praia em Fortaleza

Temporada de ventos traz algumas inconveniências, mas não impede o lazer dos fortalezenses na praia

14:11 | Ago. 18, 2024

Por: Alexia Vieira
Carla Santiago, 57, é turista do Rio de Janeiro e veio conhecer as praias do Ceará na temporada de ventos (foto: FÁBIO LIMA)

Entre segurar a canga, tirar o cabelo do rosto e impedir que o chapéu saia voando, os banhistas da Praia do Futuro curtiram o domingo, 18, de sol e vento forte. A previsão da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) já avisava que o fim de semana traria ventos de 40 a 65 km/h.

“Acho que prefiro com menos vento, tá demais”, reclamou Andreia Francisca, 39. O divertimento do filho de cinco anos teve de ser interrompido por causa do frio. Mesmo com a temperatura de 30°C, sair da água e dar de cara com a ventania só poderia ter esse efeito.

Já a filha de três anos da vendedora Samara Xavier Reis, 33, não parecia se importar com o vento. Ela corria para as piscinas naturais e para a mãe, que estava sentada na areia. “Vento já é cara de praia. Ajuda a amenizar o sol”, diz.

Samara decidiu ficar mais próximo da água, onde a areia é molhada, para não lidar com os grãos voando no rosto. “Se fosse na parte da areia fofa não teria condições de ficar.”

A família de Edder Emerson Soares, 46, brincava de futmesa com um desafio a mais: driblar a ventania. “Para jogar era melhor sem vento, de preferência. Mas tá tudo bem, o importante é estar tranquilo aqui”, disse ele, que estava conhecendo a Praia do Futuro pela primeira vez.

Carla Santiago, 57, turista do Rio de Janeiro, e a filha, Carolina Santiago, 37, usaram o vento para tirar fotos com a canga esvoaçante e registrar o último dia em Fortaleza. “O vento não irrita, refresca”, afirma Carla.

Temporada de ventos é boa para negócios

Para quem precisa do vento para o sucesso nos negócios, a temporada é essencial. Mesmo com o fim das férias, a venda de pipas do comerciante Alex Bezerra, 43, continua em alta. “Só tem que ter cuidado para o fio não quebrar, porque as pipas saem voando e enroscam nos coqueiros, e aí não tem como tirar”, conta.

Depois da quadra chuvosa, de fevereiro a maio, o Ceará tem uma diminuição das precipitações e uma tendência a ventos fortes e tempo seco. As rajadas de vento, que ocorrem de forma rápida e repentina, podem atingir até mais de 60 km/h.

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O fenômeno ocorre principalmente na região litorânea do Estado. A partir de setembro, as temperaturas também aumentam. No Litoral, a disponibilidade de umidade favorece temperaturas constantes. No Interior, as máximas são mais elevadas.

Nesta segunda-feira, 19, a previsão da Funceme é de continuação da estabilidade atmosférica, sem previsão de chuva e com o céu variando de poucas nuvens a sem nuvens em todas as macrorregiões.