O POVO entrega medalha Albanisa Sarasate a Maria da Penha
Entrega foi realizada nesta sexta-feira, 16, durante evento em alusão aos 18 anos da Lei Maria da Penha, no Espaço O POVO de Cultura & ArteNa esteira das comemorações dos 18 anos da Lei Maria da Penha (lei nº 11.340), o enfrentamento à violência contra a mulher foi tema de debate no Espaço O POVO de Cultura & Arte. No evento, a farmacêutica Maria da Penha, que dá nome à Lei, foi homenageada com a Medalha Albanisa Sarasate, instituída por Demócrito Dummar, presidente do O POVO de 1985 a 2008, e concedida a personalidades notáveis.
A homenagem foi entregue pelo presidente-executivo do O POVO, João Dummar Neto. "A medalha é entregue aos amigos da Casa, do O POVO, e aos amigos de relacionamento que nós adquirimos ao longo do tempo. É uma declaração de bem-querença, é uma declaração de que nós estamos atentos e do lado. Acompanhando todas as causas ligadas a este ponto, que é tão sensível. E que ela pode contar com a Casa, a nossa Casa. A gente defende bandeiras e essa é uma bandeira que a gente não abre mão", frisa Dummar Neto.
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"Eu me sinto muito honrada porque a gente conhece O POVO, sabe que o jornal trabalha com educação, que é um jornal de grande credibilidade. Eu me sinto muito honrada com essa homenagem", agradece Maria da Penha, que é autora do livro “Sobrevivi... posso contar” (1994) e fundadora do Instituto Maria da Penha (2009).
"Foi uma luta muito árdua, muito dolorosa, mas graças ao movimento de mulheres que, desde o início, me apoiou, me fortaleceu. Eu acho que é um momento de comemoração porque a vida das mulheres depois da criação da lei Maria da Penha começou a mudar, houve uma maior conscientização, ainda não como deveria, mas que com certeza vai crescer", avalia a militante.
"Amor ou medo de ficar sozinha?" foi o tema da primeira mesa do evento, sucedida pelo segundo tema de discussão: "Permanência no ambiente violento. Por quê?". A programação foi realizada dentro do projeto O POVO Educação.
Daciane Barreto, coordenadora da Casa da Mulher Brasileira no Ceará e uma das participantes da segunda mesa, destaca que "a Lei Maria da Penha é um divisor de águas". Ela salienta que a legislação é admirada internacionalmente, mas que o foco neste momento deve ser sua aplicação.
"A Lei precisa ter o investimento para que ela seja aplicada nos municípios, nas capitais, em todo o País. E como é que a gente enxerga essa aplicação? Com a construção de centros de referência, de atendimento da mulher, com a discussão, a implementação dentro das escolas de um currículo, onde se discuta a Lei, onde se discuta gênero, onde se discuta raça, classe. Nós sabemos que a Lei é importantíssima, mas é importante que a sua aplicabilidade seja algo concreto e real para que a gente realmente venha colher os frutos dessa nossa conquista", detalha.
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