Veterinário morto por funcionário: sobrevivente e réu são ouvidos em audiência

Oito testemunhas foram ouvidas em audiência de instrução do processo nesta quarta-feira, 14, além da namorada do veterinário, sobrevivente do crime, e o réu

21:24 | Ago. 14, 2024

Por: Jéssika Sisnando
Saul Galdêncio, 37 anos, professor e pesquisador da Unifor (foto: WhatsApp O POVO )

A sobrevivente, o réu e oito testemunhas do homicídio que vitimou médico veterinário e pesquisador da Universidade de Fortaleza (Unifor) Saul Gaudêncio Neto, de 37 anos, foram ouvidos nesta quarta-feira, 14, durante a audiência de instrução do processo. A audiência ocorreu de forma híbrida, com a vítima sobrevivente participando de forma remota e o réu de forma presencial. O crime aconteceu no dia 5 de julho, no bairro Edson Queiroz, em Fortaleza. 

O réu Romualdo Sousa Barros é acusado dos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio. O processo está em tramitação na 5ª Vara do Júri de Fortaleza, que decidirá se Romualdo Sousa será submetido a julgamento pelo Júri Popular ou não. 

Conforme a denúncia do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), o crime foi motivado por desavenças no trabalho. O médico veterinário era pesquisador e chefe do réu. No dia do crime, Saul chegou a dar carona a Romualdo. O réu ainda responde por tentativa de homicídio contra a namorada da vítima, que também estava no veículo.

Romualdo era tratador de animais e Saul era pesquisador do curso de Medicina Veterinária e chefe imediato de Romualdo. Os autos apontaram que os dois possuíam uma boa relação até que o acusado começou a receber punições administrativas como suspensões e advertências, que eram relacionadas ao seu desempenho no trabalho.

Enquanto estava no banco traseiro do carro, o homem surpreendeu as vítimas e efetuou tiros contra a cabeça do médico, ferindo também a namorada da vítima no antebraço e nas costas. Saul morreu e a companheira sobreviveu ao fugir. 

O médico era natural de Santa Catarina. A denúncia do Ministério Público apontou que Saul intercedia para manter o emprego do tratador de animais e não para demití-lo.