Novo serviço de radioterapia deve reduzir fila de espera por tratamento em Fortaleza
Expectativa é de que 51 pacientes possam ser atendidos mensalmente no Hospital São Camilo; medida também pode reduzir tempo de duração do tratamentoUm novo convênio para a oferta de radioterapia deverá reduzir a fila de espera pelo tratamento em Fortaleza. Assinada pela Prefeitura de Fortaleza e o Hospital São Camilo, na sede da instituição de saúde, durante a manhã desta segunda-feira, 12, a parceria deverá beneficiar inicialmente até 51 pessoas por mês, com possibilidade de ampliação conforme a demanda.
De acordo com o superintendente do São Camilo, Antônio Mendes, 80% dos pacientes atendidos serão oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre estes, estarão contemplados aqueles que já fazem tratamento contra o câncer no hospital e aqueles que ainda vão chegar à unidade, encaminhados pelos postos de atenção primária.
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Antes mesmo da oferta de radioterapia, o São Camilo já possuía outros convênios com a Prefeitura de Fortaleza para acompanhamento de pacientes em quadros oncológicos. Com mais um tratamento adicionado ao tratamento no hospital, o objetivo é disponibilizar um embate mais completo contra o câncer.
“Nós já tínhamos um convênio com a Prefeitura que previa o diagnóstico, a cirurgia, quando necessária, o tratamento quimioterápico, quando necessário, e agora inclui o último tratamento que é o serviço de radioterapia”, afirma o diretor administrativo do hospital, Aldenis Machado.
A radioterapia no São Camilo faz parte de um investimento total, entre todos os equipamentos e recursos necessários para o funcionamento, de R$ 18 milhões, divididos igualitariamente entre o Ministério da Saúde e o hospital.
Serviço deve oferecer mais agilidade e segurança para pacientes
Se por um lado o maquinário ajuda a aumentar a quantidade de pacientes atendidos, por outro, possibilita a significativa redução do número de sessões necessárias para o tratamento.
A radioncologista do São Camilo, Larissa Amadei, explica que a chave para essa maior celeridade está na identificação mais precisa do local a ser tratado. Com isso, a dosagem de radiação pode ser aplicada de forma mais precisa, acelerando o tratamento de forma segura.
“Isso tem um ganho logístico absurdo, primeiro para o próprio paciente, que vai precisar vir muito menos vezes ao serviço, e depois porque a gente vai conseguir tratar mais pessoas. Um paciente que ficava no nosso serviço de sete a oito semanas, esse tratamento eu consigo fazer em quatro semanas, uma semana, cinco sessões, em variados tipos de tumores”, pontua a especialista.
A assinatura do convênio contou com a presença do titular da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS), Galeno Taumaturgo. Durante o evento, o secretário comemorou a projetada redução da espera pelo tratamento como ponto fundamental para os pacientes oncológicos, bem como a concentração dos variados processos em um só hospital conveniado.
Urologista de formação, Galeno também destaca a segurança que os recursos mais modernos oferecem para os enfermos que serão tratados no local.
“Você tem efeitos colaterais de radioterapia que são as chamadas cistites actínicas. O paciente que faz isso [radioterapia] com próstata, se ele não faz bem localizado, ele desenvolve depois sangramentos, difíceis de controlar [...] com esse novo equipamento aqui, a possibilidade de ele fazer a localização em tempo real, ele diminui muito as chances de efeitos colaterais”, conclui o gestor.