Alunos da rede pública do Ceará participam da Mostra Brasileira de Foguetes

Evento ocorre no Rio de Janeiro e faz parte da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Estudantes têm o objetivo de construir e lançar foguetes, a partir de uma base de lançamentos o mais distante possível

Alunos de cinco escolas cearenses participam da 52° Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), na cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro. A final do evento ocorre entre os dias 5 e 8 de agosto.

Mostra faz parte da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e tem como objetivo construir e lançar foguetes, a partir de uma base de lançamentos o mais distante possível. A base e o foguete devem ser construídos individualmente ou em equipe de até três alunos.

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Segundo a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc), a MOBFOG é uma olimpíada inteiramente experimental e podem participar alunos do primeiro ano do ensino fundamental até os do último ano do ensino médio, por isso ela tem quatro níveis.

Cinco escolas da rede pública do Estado participarão da Mostra, são elas: Escola Estadual de Educação profissional (EEEP) Governador Waldemar Alcântara, localizada em Ubajara; EEEP Professor Antônio Valmir da Silva, situada em Farias Brito; Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) São José dos Arpoadores, em Fortaleza; EEEP Professor José Augusto Torres, em Senador Pompeu; EEEP Pedro de Queiroz Lima, em Beberibe.

A Seduc disponibilizou passagens para que os alunos da rede pública pudessem comparecer à Mostra. 

Antônia Maria, diretora da escola EEMTI São José dos Arpoadores, no bairro Cristo Redentor, em Fortaleza, relata o orgulho dos alunos. “Não é apenas a questão do dever cumprido, mas de saber que estamos fazendo a diferença na vida de alguém em formação e que poderá ter diante de si ampla possibilidade de opções na escolha de uma vida profissional”.

Ela também afirma que a escola ser uma das escolhidas para participar da MOBFOG foi como um presente. “Premiou um trabalho de dois anos, e agora percebemos como esses estudantes da periferia de Fortaleza vão estar em contato com outros pares de todo o País, em uma rica troca de experiência e de aprendizagem”.

Lançamento de foguetes

O estudante José Samuel da Silva Vidal, 16, explica como são feitos os foguetes. “Com duas garrafas pet, uma delas é o corpo e a outra é cortada. Uma das partes vira a sala do foguete, onde vão as quatro aletas — que servem para estabilizar o voo — e a outra parte serve como bico”.

“No bico é envolvido o papel cartão, para também ajudar na estabilização. Dentro do bico é preso um balão de festa com água, que vira um contrapeso”, explica.

Ainda segundo ele, participar da Mostra será uma experiência inédita por vários motivos. "Sinceramente, eu não esperava chegar nisso. Mas eu tô muito feliz e ansioso. Nunca nem andei de avião, essa vai ser a primeira vez", relata o jovem.

Ele também declara que após o evento pretende continuar na área, praticando e melhorando os lançamentos. "Futuramente, talvez eu queira seguir o ramo em si, mas eu não sei ainda".

O estudante Pedro Lucas, 16, explica que a sensação de participar da MOBFOG é de felicidade. "É algo incrível, me senti realizado. É a minha primeira vez participando de uma competição tão grande como essa".

É a primeira participação também de Calebe Silva, 15, que afirma ter se interessado pela competição por gostar de foguetes e astronomia. 

A única menina das duas equipes da EEMTI São José dos Arpoadores, a estudante Emily Vital, 15, também fala sobre emoção. "Embora eu fosse a única menina da equipe, não tive nenhuma dificuldade. Os meninos foram colaborativos, me incluíram de forma justa, e todos ajudaram nesse processo [...] Você sente a empolgação ao ver o foguete alcançar muitos metros. A satisfação pelo sucesso do projeto".

"É uma oportunidade boa para eu conhecer novos lugares e mostrar meu talento juntamente com a minha equipe", completa Francisco Mikael, 15.

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