Operação prende dez pessoas suspeitas de tráfico de drogas e homicídios no Jangurussu

Prisões são resultados de uma investigação de homicídio registrado na região em janeiro do ano passado. Uma coletiva de imprensa da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) sobre a operação foi realizada na manhã desta sexta-feira, 26, em Fortaleza

Uma operação deflagrada pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE) prendeu dez pessoas suspeitas pelos crimes de tráfico de drogas, homicídios e tentativas de homicídios no Grande Jangurussu, em Fortaleza, nessa quinta-feira, 25. Os suspeitos integram uma facção criminosa na Capital e começaram a ser investigados após o homicídio de Marcelo Henrique Batista Silva, 18, em janeiro do ano passado.

Dos dez presos, cinco estavam cumprindo pena em unidades prisionais no Estado, sendo um deles, um homem de 32 anos, apontado como chefe do grupo criminoso e mandante das ações criminosas na região do Jangurussu. Os outros quatro homens reclusos possuem 25, 26, 29 e 36 anos. Não foi informado como os demais atuavam no grupo mesmo presos.

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Durante a operação, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva por integrar organização criminosa. O delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Leandro Matos, informou que, durante os mandados de buscas, foram realizadas algumas prisões em flagrantes, sendo um deles de um homem, de 48 anos, apontado como armeiro do grupo.

“Ele fazia todo o suporte logístico para esse coletivo criminoso”, disse Leandro em coletiva de imprensa da Polícia Civil nesta sexta-feira, 26. Na ocasião, o delegado geral da PC-CE, Márcio Gutiérrez, informou que o armeiro era responsável por adulterar todo material bélico de armas de fogo, armações e acessórios. “Com ele, foram apreendidas cinco armas de fogo, carregadores, munições”, afirma.

Com o homem, foram apreendidos cinco armas, sendo duas pistolas.40, uma pistola.22, uma pistola 380 e uma pistola 9 milímetros. Além disso, quatro carregadores, um tambor de revólver, uma armação para pistola, diversos pinos para munição, um supressor de arma, uma esmerilhadeira, um simulacro de pistola, dezenas de munições de diversos calibres e dois celulares foram apreendidos.

Na operação, o homem foi autuado em flagrante pelos crimes de comércio ilegal de arma de fogo e integrar organização criminosa. Ainda durante os mandados de busca e apreensão, mais três homens foram presos em flagrante, sendo um homem de 36 anos preso em um imóvel no bairro Conjunto Palmeiras, bairro vizinho ao Jangurussu.

No momento da prisão, ele resistiu ao cumprimento do mandado e foi autuado na delegacia pelos crimes de resistência, desacato e por integrar organização criminosa. Também no Grande Jangurussu, dessa vez no bairro Sítio São João, um homem de 32 anos foi preso. Ele estava em porte de um celular roubado, sendo preso pelos crimes de receptação e integrar organização criminosa.

Na relação dos presos em flagrante, o último foi um homem, de 26 anos. Ele foi autuado pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e por integrar organização criminosa. A operação foi coordenada pela 3ª delegacia do DHPP com apoio da 1ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª, 10ª e 11ª delegacias da DHPP, do Núcleo Operacional e Núcleo de Inteligência do DHPP.

Homícidio deu inícios as investigações do grupo

Um homicídio registrado em janeiro do ano passado que vitimou Marcelo Henrique Batista Silva, de 18 anos, no bairro Conjunto Palmeiras, no Grande Jangurussu, em Fortaleza, deu início às investigações do grupo criminoso com atuação na região. O homicídio foi ordenado por uma liderança local que fazia parte do coletivo criminoso.

De acordo com o delegado da DHPP, Leandro Matos, esse foi o grande fator para o início das investigações. “Nós chegamos a essa liderança e a partir daí houve o desdobramento. Por isso, nós conseguimos prender não só a liderança, que por sinal já estava presa, como os demais que estavam interligado”, informa.

Ainda segundo Leandro, o avanço da operação também contou com a colaboração de populares da região por meio de informações sobre o grupo. A denúncia do caso no Ministério Público do Ceará (MPCE) informa que seis pessoas foram denunciadas pela morte do jovem, onde a vítima foi espancada até a morte por integrantes da facção Guardiões do Estado (GDE) que agem na comunidade do Jagatá.

O mandante do crime foi identificado como Júlio César Moreira Da Silva, o “Julim Palhaço”, conforme denúncia do MPCE. O mandante ficou irritado após a vítima ter roubado dentro da própria comunidade — Jagatá — e teria ordenado a morte dele.

Conforme o relatório produzido pelo Núcleo de Inteligência da DHPP, Júlio teria reunido criminosos residentes na Comunidade Jagatá, onde predomina a facção delituosa Guardiões do Estado (GDE) e teria ordenado que espancassem a vítima até a morte.

O documento aponta como participantes os denunciados Davi Silva Lima, conhecido como “Davi da Lua”; Lucas Gabriel Vieira, com “Luquinha”, Eranilson Costa da Silva, como “Eron do Jagatá”; Josafá Ferreira dos Santos, como “Josafá”, e Rian de Sousa Gomes, conhecido como “Boró”.

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Facções criminosas

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