Festival do Pratinho espera receber 7 mil pessoas até a tarde deste domingo

Além dos pratinhos tradicionais, evento traz opções veganas, sem lactose ou glúten. Os preços dos pratinhos variam de R$ 10 a R$ 20

Os apaixonados pelos famosos pratinhos tiveram a oportunidade de apreciar refeições de diversos sabores na segunda edição do ‘Festival do Pratinho’, realizado neste final de semana, dias 20 e 21, no Complexo Cultural Estação das Artes, localizado no Centro de Fortaleza.

Segundo estimativas do AlimentaCE, responsável pela organização do evento, cerca de três mil pessoas prestigiaram o festival no primeiro dia e quatro mil no segundo. Os preços dos pratinhos variaram entre R$ 10 e R$ 20.

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De acordo com Marina Araújo, diretora do Mercado AlimentaCE, o pratinho é uma versão mais simples do prato tradicional. “Ele surgiu numa perspectiva de ter uma refeição nutritiva com sustância, mas que tenha um preço mais em conta, mais justo para pessoas que trabalham o dia inteiro,” conta.

O evento deste ano reuniu vinte empreendedores de diversos municípios do estado, como Fortaleza, Icó, Aracati e Fortim, além dos seis restaurantes que compõem o Mercado AlimentaCE. “É importante essa regionalização para trazer pessoas de outras localidades que, inclusive, têm outra cultura de pratinho,” ressalta Marina.

Thiago Tavares, 42, é chefe de cozinha e idealizador do 'Maré: Cozinha Itinerante'. Ele veio de Fortim para participar do festival e acredita que a participação de cozinhas do interior tem uma grande relevância cultural. 

"Fortaleza foi construída por pessoas que vieram do interior em busca de trabalho e estudo. Então, levar as próprias raízes dessas pessoas de volta para elas [através da culinária] é de um empoderamento e engrandecimento cultural enorme [...] É um resgate da própria história das pessoas", pontua.

O projeto participa de uma série de festivais no litoral leste — Fortim, Aracati, Icapuí, Beberibe, etc. "Nós trouxemos moqueca de carne de caju, carne de siri, caldo de sururu, etc. As pessoas têm buscado bastante por essa valorização regional. São ingredientes bem tradicionais da culinária [do Ceará], mas que a gente não tem tanto contato nas regiões metropolitanas".

Quem também veio do interior, de Icó, foi a pesquisadora Nayane Honorato, 27. Ela acompanhou a chefe Ceição. “Trouxemos cozinhas típicas de Icó: paçoca de carne de sol — pilada artesanalmente no pilão — baião de dois com nata e queijo coalho, mungunzá salgado, que é uma comida de celebração de partilha”.

“A ideia é trazer a comida do sertão para a Capital e reconhecer que o Ceará tem muita diversidade de alimentação, histórias e trajetórias de vida”, adiciona.

“Tô com dificuldade de escolher, só tenho uma barriga para encher”

Marina Araújo, a diretora do AlimentaCE, destaca que a repercussão do festival tem sido positiva entre o público. “A gente está bem feliz com essa repercussão. As pessoas estão gostando muito. E ano que vem promete, com certeza”, garante.

A professora Ana Cláudia, 52, foi uma das pessoas que foram até o complexo cultural para participar do evento. Ela aproveitou o período de férias escolares para levar os filhos e toda a família. “Achei muito interessante. Nunca tinha ido a um festival de pratinho [...] Tem bastantes opções, bem diversificadas, tem para todos os gostos, para todos os públicos".

Bruno Lima, 31, já tinha participado do festival do ano passado, mas não conseguiu aproveitar muito, por conta da lotação. “Tem bastante opção, tô até com dificuldade de escolher, só tenho uma barriga para encher. A movimentação está tranquila, melhor que a do ano passado”, brinca.

Hillândia Galvão, 54, também participou da edição do ano passado. “Tinha sido maravilhoso. Esse ano eu estava ate cobrando que o festival acontecesse de novo no Instagram. Assim que eu soube eu convidei meu marido e está sendo maravilhoso”.

Ela gosta bastante dos pratinhos, consome a refeição mesmo fora do festival. “A gente mora perto da praça Raquel de Queiroz. A gente também degusta os pratinhos de lá. Inclusive uma das barracas daqui é de uma vizinha nossa”.

Além das diversas opções de comida, os frequentadores do festival puderam aproveitar atividades destinadas às crianças, numa parceria do Mercado AlimentaCE com o Serviço Social do Comércio (Sesc), e atrações musicais. O festival foi encerrado com uma apresentação do músico Pavão do Acordeon.

A edição também contou com uma gestão responsável do lixo. Em vários locais do espaço estão disponíveis contêineres de lixo, com identificação de quais resíduos devem ser despejados. Em seguida, esse material é levado para outro local, onde catadores da associação de catadores do bairro Moura Brasil ficam responsáveis pela separação e reciclagem corretas dos resíduos.

Com informações do repórter Gabriel Damasceno/ O POVO

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