Nina 2.0 tem 111 denúncias de importunação sexual no primeiro semestre

Ao todo, desde o lançamento da plataforma em setembro de 2022, são 580 casos de importunação sexual nos coletivos de Fortaleza

A plataforma de denúncias Nina 2.0, ferramenta da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), registrou 111 denúncias de importunação sexual nos coletivos da frota que atende a Capital, totalizando 580 registros desde seu lançamento em setembro de 2022.

Do total do balanço, 81% das denúncias foram feitas pela própria vítima e 19% por testemunhas, com a maioria das denúncias feitas por mulheres entre 19 e 29 anos – representando 79% do total.

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O registro da denúncia é feito pelo número de WhatsApp 85 9 3300- 7001. Conforme a gestora da plataforma na Etufor, Rayana Mangueira, a denúncia feita pelo aplicativo no momento da denúncia, a vítima pode informar o número da linha, o número do veículo, o sentido que a linha percorria no momento do ocorrido e as características do suspeito para que as imagens possam ser resgatadas e utilizadas nas investigações.

“A identidade da vítima segue no anonimato a não ser que ela se sinta confortável em se identificar. É importante também que um boletim de ocorrência seja registrado, já que a denúncia substitui a formalização do registro de Boletim de Ocorrência (BO) junto à polícia”, comenta. Além disso, a plataforma não recebe apenas denúncias de casos de dentro dos coletivos, mas também das paradas de ônibus.

A gestora alinha ainda que a plataforma consegue mapear os horários, as linhas e o terminal com maior número de casos de importunação.

“No transporte público hoje o horário que a gente recebe o maior número de dentro é pela manhã certo e em seguida o horário da tarde por último horário da noite. A gente consegue mapear a região da cidade onde ocorrem mais denúncias e a linha de ônibus que possui o maior número de denúncias é a linha 855 - Antônio Bezerra/Washington Soares e o terminal é o da Messejana”, comenta.

Entre as principais ocorrências têm-se 235 atos de encoxar/apalpar (41%), 112 foram denúncias não descritas (registrado como ‘outros’, representando 19,21%) e 77 casos de intimidação (13%).

Um dos principais problemas identificados nas denúncias que são anônimas é a falta de informações sobre a linha, local e número do veículo. “Cerca de 35% das denúncias são incompletas, impossibilitando o resguardo de imagens e a inclusão dessas linhas em ações de políticas públicas de combate à importunação sexual”, explica a gestora da plataforma.

Nina 2.0: Saiba como fazer a denúncia

Para fazer uma denúncia, as pessoas podem se cadastrar na ferramenta através do WhatsApp (85 93300 7001) e devem fornecer o maior número de informações possíveis do caso, incluindo o número do veículo, horário, linha, local e referências sobre vestimentas e características para facilitar a identificação do agressor.

Com as informações repassadas na denúncia, as imagens captadas tornam-se provas e, se a vítima seguir com as investigações junto a delegacia, os infratores serão responsabilizados.

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