Processo de lutador que matou idoso em Fortaleza é suspenso para exame de sanidade mental
Suspensão é prevista em casos em que a defesa alega que o acusado não era capaz de entender o caráter criminoso do fato. Lucas Amorim Magalhães, de 39 anos, é réu
20:05 | Jul. 18, 2024
A ação penal em que é réu por homicídio o lutador de jiu jitsu Lucas Amorim Magalhães, de 39 anos, foi suspensa devido à instauração de incidente de insanidade mental solicitado pela defesa dele. A decisão judicial foi publicada na edição dessa quarta-feira, 17, do Diário de Justiça do Estado (DJCE).
Lucas matou Getonio Rodrigues Bastos, de 91 anos, no último dia 5 de julho de 2024 em um condomínio localizado na rua Cariré, no bairro Farias Brito, em Fortaleza. Ele ainda atacou outras seis pessoas, incluindo a mãe dele. Conforme a defesa de Lucas, o lutador teve um surto psiquiátrico.
A defesa tem 10 dias para elaborar perguntas que deverão ser respondidas por psiquiatra da Perícia Forense do Estado (Pefoce). Em seguida, o Ministério Público Estadual (MPCE) terá o mesmo prazo para fazer os seus questionamentos.
O Código de Processo Penal prevê prazo de 45 dias para elaboração do laudo psiquiátrico. A ação penal será retomada caso seja constatado que Lucas tinha condições mentais de compreender os atos praticados.
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No último dia 10 de julho, o MPCE ofertou denúncia contra Lucas. Na peça, é afirmado que Lucas já havia tido discussões com outros moradores. Além de agredir funcionários e moradores do condomínio utilizando um furador de coco, Lucas saiu pelas ruas da região ameaçando também transeuntes.
Ele só foi contido na avenida Bezerra de Menezes quando policiais militares foram acionados pela ocorrência. Sem obedecer à ordem de parada, Lucas avançou contra os PMs e, por isso, foi atingido por um disparo na perna. Socorrido, ele teve alta médica nessa terça-feira, 16, ocasião em que foi encaminhado a uma unidade prisional.