Acidente no Trânsito: Fortaleza registra primeiro semestre com menor número de mortes em dez anos
Conforme o levantamento da AMC, 50% das vítimas conduziam ou ocupavam motocicletas, e 27% eram pedestresDados da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) apontam que 66 óbitos foram registrados nos primeiros seis meses de 2024. O quantitativo representa uma queda de 65% em comparação ao mesmo período de 2014, quando 193 pessoas perderam a vida no trânsito. O número é o melhor índice desde o início da série histórica.
O levantamento foi anunciado nesta quarta-feira, 17, pelo prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT).
É + que streaming. É arte, cultura e história.
“Isso se deve à nossa pedagogia no trânsito, à nossa engenharia no trânsito e à nossa política de prevenção, que fazem de Fortaleza uma referência internacional na política de mobilidade urbana, porque, pra nós, nenhuma morte no trânsito é aceitável”, afirmou o prefeito, em vídeo publicado em suas redes sociais.
Em comparação aos primeiros seis meses de 2023, houve uma redução de 11% no número de óbitos registrados nas vias de Fortaleza. Conforme o levantamento da AMC, 50% das vítimas conduziam ou ocupavam motocicletas, e 27% eram pedestres.
Os dados mostram que a maioria das vítimas eram do sexo masculino, com idades compreendidas entre 30 e 59 anos.
No que tange às vias que mais registraram acidentes fatais estão a BR-116, Avenida Frei Cirilo e Avenida Cônego de Castro.
A redução se deve, principalmente, à intensificação das ações de educação, engenharia de tráfego e fiscalização preventiva. A tríade segue as diretrizes do Plano Municipal de Segurança no Trânsito, documento sancionado em junho de 2022. A peça preconiza que nenhuma morte no trânsito é aceitável e reforça que a responsabilidade pela segurança deve ser dividida entre o poder público e a sociedade.
De janeiro a junho deste ano, Fortaleza ganhou 39.729,82m² de sinalização horizontal e 308,82m² de sinalização vertical. Dentre as principais medidas está a readequação da velocidade, ampliação de calçadas, travessias elevadas, caminhos da escola, esquina segura e extensão da rede cicloviária.
Atualmente, cerca de 460 km de ciclofaixas, ciclovias, ciclorrotas ou passeios compartilhados estão disseminados por todas as regionais.
No que se refere à fiscalização, agentes efetuaram 598 comandos nos primeiros seis meses deste ano, dentre os quais 392 foram averiguações específicas de Lei Seca, com mais de 39 mil testes realizados.