Corpo de Bombeiros realiza corte de árvore em risco iminente em Fortaleza
De acordo com a corporação, a tronco da planta estava prestes a despencar em cima de uma casa
19:26 | Jul. 09, 2024
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) retirou, nessa segunda-feira, 8, uma árvore que estava em risco iminente de queda no bairro Henrique Jorge, em Fortaleza. Uma árvore é considerada de risco iminente quando ela ou seus galhos estão quebrados ou pendurados.
De acordo com a corporação, a tronco da planta estava prestes a despencar em cima de uma casa.
O meio do tronco da árvore estava comprometido, por este motivo, a equipe do CBMCE teve de cortar as laterais da árvore a fim de reduzir o peso do tronco e evitar que o galho não caísse sobre a casa. Em detrimento do pouco espaço para retirar o tronco, foi necessário que os bombeiros cortassem o tronco em pedaços pequenos, procedimento conhecido como “miudar”.
O único dano material sofrido pela residência foi o rompimento de algumas telhas.
O CBMCE orienta que, em casos de risco de queda de árvore, é necessário que a área em que a planta está localizada seja isolada e as residências que correm o risco de serem afetadas sejam evacuadas. A Enel também pode ser acionada se a árvore estiver com fios elétricos em sua superfície, visto que há possibilidade de descarga elétrica.
Se a árvore estiver localizada nas ruas, é necessário ligar para a Autarquia de Urbanismo e Paisagismo de Fortaleza (URBFOR).
Dados do CBMCE apontam que, até junho deste ano, a corporação atendeu a 1.061 (mil e sessenta e um) chamados de árvores em perigo iminente. O maior número de cortes de árvore em perigo iminente foi registrado em 2022, período no qual a corporação atendeu a 1.522 (mil quinhentos e vinte e duas) ocorrências. Em seguida vem os anos de 2023 (1.415); 2019 (839); 2021 (826) e 2020 (782).
O aumento no quantitativo, em especial no ano de 2022, se deve à quadra chuvosa do primeiro semestre e aos ventos que chegaram ao Ceará naquele ano, conforme explica o capitão do CBMCE, Gerdean Alves.
No mês de agosto, setembro e outubro de 2022 tivemos bastante vento e isso colabora para quando for no período da poda as árvores venham a ficarem enfraquecidas e serem tombadas”, esclareceu.
Questionado acerca das medidas que a população pode tomar para evitar que as árvores atinjam risco iminente de queda, o capitão orienta que as árvores sejam podadas rotineiramente e que a sociedade evite construir edificações em cima das raízes das plantas.
“Se as raízes da árvore estiverem prejudicadas elas não conseguem absorver a água e os nutrientes necessários e, com o tempo, ela pode vir a desequilibrar porque é normal que as árvores façam um movimento para absorver a água e o sol”, pontua.
Em março deste ano, a Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal aprovou um Projeto de Lei (PL) que descriminaliza a poda ou o corte de árvore em local público ou privado quando há risco de acidente e o pedido não for atendido pelo órgão ambiental responsável.
O texto do PL 542/2022 altera a Lei de Crimes Ambientais e permite a contratação de profissionais habilitados para a execução do serviço, bem como o ateste da possibilidade de acidente após 45 dias sem resposta do órgão ambiental solicitado.
“Antigamente, antes do PL, em alguns estados e municípios, o corte dessa árvore, mesmo em perigo, só quem poderia estar fazendo era o órgão liberado pelos órgãos ambientais ou algumas empresas credenciadas, ou a Secretaria Ambiental do Município ou Estadual”, prosseguiu.
“Com esse PL, se a árvore estiver em risco iminente, o proprietário ou a empresa que não esteja credenciada nesses órgãos ambientais, estão autorizados a fazer o corte sem que sejam punidos”.