Férias: parques de Fortaleza são opção para manter crianças longe das telas

|Rachel de Queiroz e Cocó| Pintar, correr, jogar bola, soltar pipa e andar de bicicleta foram as atividades no primeiro fim de semana das férias

As férias escolares chegaram e a movimentação de crianças e adolescentes no primeiro fim de semana do período foi intensa em alguns parques de Fortaleza. O público se dedicou à prática de atividades ao ar livre e lazer entre amigos e familiares, com uma programação diversificada. Natureza, jogos de bola e muita interação para manter os pequenos longe das telas.

O uso da bola, seja para jogar futebol ou vôlei - e até aos novos formatos, como à altinha, jogo que o objetivo é não deixar a bola cair sem utilizar as mãos - lideram a diversão. As brincadeiras tradicionais também ganham espaço na diversão de quem está de férias, como soltar pipa, corrida de saco e pular corda.

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As atividades lúdicas, principalmente as focadas em colorir desenhos e pinturas em papéis e gesso, também se destacam.

O POVO esteve em dois equipamentos de lazer na Capital: Parque Rachel de Queiroz, no bairro Presidente Kennedy, e no Parque Estadual do Cocó, no bairro Cocó.

No fim da tarde de sábado, 29, no Parque Rachel de Queiroz, uma manta estendida na grama reunia quatro crianças que se dedicavam a pintar seus personagens favoritos.

Eles estavam acompanhados da autônoma Mariana Fernandes, 33, mãe do João Fernandes, de 11 anos, que resolveu levar o filho e os amigos venezuelanos: Brian, 13, Walter, 11, e Dário, de 7 anos, ao Parque para fugir das telas e fazer atividades lúdicas.

"Nessas férias, a gente precisa ter esse espaço assim para eles, porque em casa é só isso mesmo que a criança tem: a tela. Hoje, aqui, a gente resolveu fazer pintura, só papéis e lápis mesmo", disse Mariana.

Também no mesmo local, o estudante Marcos Germano, 17, estava com o irmão Fernando Germano, de 11 anos. Eles moram em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), e aproveitaram a tarde para jogar altinha. "Fazia bastante tempo que ele me pedia para vir. Aqui tem muito espaço. Eu acho muito importante ter esse tempinho de lazer e para gastar a bateria dele, porque dentro de casa não gasta tanto", disse o estudante. 

O pai do Miguel Aquiles, de 6 anos, o técnico em programação Carlos Washington Nascimento, destaca que sempre que pode vai ao parque com o filho, que ficou de férias na última semana.

"A gente sempre vem também para evitar muito o uso de telas, porque ele gosta de videogame e joga bastante. Sair para praticar um esporte é lei, e também para não ficar em casa preso", comenta Carlos.

Umas das alternativas para incentivar o descanso digital e aproveitar o contato com a família e outras crianças é por meio do acesso do público a espaços abertos. Para a farmacêutica Thalita Gonçalves, diminuir o uso do celular é um obstáculo que os pais vêm passando com a nova geração.

"Sempre que a gente faz alguma atividade, a gente tenta exatamente fazer momentos em que não tenham esse tipo de acesso a telas. Hoje em dia a gente está numa sociedade que tem menos primos do que a gente teve, menos crianças mais presentes, e aí a gente tenta fazer esse papel fora de casa, em lugares mais abertos", comenta a farmacêutica.

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