"Matar cidadãos e crianças": ameaças teriam sido feitas antes de ataque no Barroso

Testemunhas relataram que suspeitos teriam dito que "não iriam dispensar mais ninguém" através do aplicativo Telegram. Duas pessoas morreram e oito ficaram feridas

Suspeitos de terem participado da tentativa de chacina que deixou dois mortos e oito feridos no bairro Barroso, em Fortaleza, teriam feito ameaças aos moradores do Jardim Violeta antes do crime. Conforme testemunha relatou à Polícia Civil, eles teriam dito em grupo do aplicativo Telegram que “não iriam dispensar mais ninguém, iriam matar cidadãos e crianças”.

Até o momento, cinco suspeitos de envolvimento na ação foram capturados. Tratam-se de quatro adultos e um adolescente. Alguns deles seriam ex-moradores do Jardim Violeta e teriam deixado a localidade após romperem com a facção Comando Vermelho (CV), que atua no local, e aderido à Massa Carcerária.

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Desde então, a região sofre com o conflito entre os dois grupos. Outros homicídios já haviam sido registrados por causa do conflito. Moradores relataram à Polícia Civil que a região estava tranquila, mas após dois dos suspeitos serem soltos, em fevereiro e maio, atentados e assaltos passaram a acontecer com mais frequência.

Seis suspeitos de envolvimento no crime já foram identificados. Conforme Auto de Prisão em Flagrante (APF), o reconhecimento dos suspeitos foi possível porque os criminosos não esconderam seus rostos na ação e todos eram "conhecidos” da população. Moradores afirmaram à Polícia Civil que três carros teriam participado da ação.

Um carro modelo Voyage, de cor prata, teria parado na esquina da rua Benedito Lacerda com a Travessa de mesmo nome e seus ocupantes começaram a disparar em direção à Areninha. Mais de 50 tiros foram efetuados, afirmaram testemunhas.

O POVO teve acesso a depoimentos de três dos cinco suspeitos presos. Todos negam envolvimento no crime. Clenilson Ferreira de Brito, de 22 anos, conhecido como Del, disse que sequer é faccionado e que estava acompanhado de uma mulher no bairro Parque Iracema no horário em que o crime foi registrado.

Victor Henrique Pereira Carneiro, de 21 anos, também disse não ter participado da tentativa de chacina e que não participava de facção. Ele afirmou que estava na casa de uma “ficante” no horário do crime. Já o adolescente de 17 anos apreendido afirmou que passou a noite de sexta-feira, 21, inteira na casa da namorada.

Na ação, morreram Daniel Levy Cardoso Gomes, de 10 anos, e Francisca Ivone Vidal do Nascimento, de 48 anos. Daniel Levy brincava com amigos quando foi atingido, enquanto Francisca Ivone assistia ao marido disputar uma partida de futebol. Testemunhas afirmaram que a mulher foi morta ao tentar proteger crianças dos disparos.

Entre as vítimas baleadas, um menino de oito anos está internado em estado grave após ser atingido na cabeça. Três outras vítimas receberam alta e as demais continuam em atendimento no Instituto Dr. José Frota (IJF). As crianças e adolescentes atingidos têm entre 8 e 16 anos.

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