Apreendido por atentado no Barroso é filho de vítima da Chacina do Forró do Gago
Adolescente de 17 anos negou ter participado de ataque que resultou na morte de uma mulher de 48 anos e de uma criança de 10 anos. Oito crianças e adolescentes também foram baleados na tentativa de chacina ocorrida na sexta-feira, 21O adolescente de 17 anos apreendido sob suspeita de envolvimento na ação criminosa que deixou dois mortos e oito feridos no bairro Barroso, em Fortaleza, é filho de uma das vítimas da Chacina do Forró do Gago, ocorrida em 2018, no bairro Cajazeiras.
O jovem nega ter participado da tentativa de chacina, ocorrida na Areninha do Jardim Violeta na última sexta-feira, 21.
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Contra o adolescente, um mandado de apreensão estava em aberto. Em depoimento, ele disse que estava em liberdade há cerca de um ano. O jovem afirmou que foi “decretado” — isto é, jurado de morte — pela facção Comando Vermelho (CV) por não querer participar da organização criminosa.
Apesar de morar em uma região onde age a facção Massa Carcerária, ele negou integrar a organização criminosa, apontada como a responsável pela tentativa de chacina. O adolescente também disse que não participou do atentado no Barroso. No horário do crime, ele disse que estava na casa da namorada.
O adolescente foi apreendido no sábado, 22, ao lado de Victor Henrique Pereira Carneiro, de 21 anos, e Tainara da Silva Bezerra, de 26 anos — sendo Victor Henrique suspeito de envolvimento na tentativa de chacina e Tainara, por integrar organização criminosa.
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No momento em que a Polícia chegou à residência onde o trio estava, o adolescente quebrou o celular. Ele disse que apenas fez isso porque se “assustou”. O jovem ainda afirmou que, tirando Victor Henrique, não conhece as demais pessoas apontadas como suspeitas do crime.
O jovem é filho de uma das 14 pessoas que morreram na Chacina do Forró do Gago, ocorrida em 27 de janeiro de 2018. Ele tinha 55 anos e foi assassinado enquanto trabalhava em um carrinho de lanches em frente à casa de shows. Um filho dele, então com 12 anos, irmão do adolescente apreendido, ficou ferido na ação.
Conforme investigação policial, a Chacina do Forró do Gago foi praticada por integrantes da facção Guardiões do Estado (GDE). O crime teria sido motivado pelo fato de o estabelecimento ficar localizado em uma área de atuação do Comando Vermelho (CV). Atualmente, na comunidade do Barreirão, age a facção Massa, surgida após um racha dentro do CV.