E-bikes do Bicicletar realizaram mais de 3 mil viagens em cerca de 15 dias

As bicicletas elétricas conseguem percorrer até 50 km, com velocidade máxima de 25 km/h. Para utilizar, é necessário adquirir passes do programa da mesma forma das bicicletas comuns

16:22 | Jun. 21, 2024

Por: Gabriel Damasceno
BICICLETAS elétricas foram implantadas no sistema Bicicletar no dia 3 deste mês (foto: FÁBIO LIMA)

As 50 primeiras bicicletas elétricas do programa Bicicletar realizaram 3.402 viagens, entre o dia 3 deste mês, quando começaram a rodar, e a manhã de quarta-feira, 19, de acordo com dados da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC). Outras 50 E-bikes devem ser adicionadas nos próximos dois meses.

O serviço, além disso, receberá 105 novas estações e substituição de todos os equipamentos e componentes, incluindo as bikes, até o fim do ano. Com isso, o Bicicletar vai contar com 300 unidades na Capital.

Andressa Kely, 26, é técnica de enfermagem e costuma utilizar o Bicicletar quase todos os dias no retorno do trabalho. "A proposta [do serviço] é muito bacana, tendo em vista que foi ampliado por toda a Cidade. Mas tem muitos problemas. Não é sempre que a gente consegue pegar uma bicicleta que esteja funcionando plenamente. Sempre tem algum probleminha. É muito raro pegar uma 100% perfeita."

"Também tem problemas nas ciclovias. Algumas ciclofaixas não são sinalizadas, as ciclovias têm buracos. A proposta é muito boa, tenho conseguido me deslocar bem. No fim de semana, costumo ir para a Beira-Mar, mas tem muitas problemáticas", adiciona.

Até o momento, ela ainda não pegou nenhuma bicicleta elétrica, mas acha a ideia interessante. "Vi a notícia e fiquei contente. Agora no trajeto, na Bezerra de Menezes, eu vi uma [e-bike] em uma das estações. Tô muito curiosa para fazer o teste."

De acordo com Isabela Castro, coordenadora de mobilidade urbana da Secretaria Municipal da Conservação e Serviços Públicos (SCSP), a iniciativa busca tornar o ato de pedalar mais cômodo e seguro. “Para pessoas que têm necessidade de percorrer trajetos mais longos, que percorrem relevos mais acidentados”, destaca.

“É uma tentativa de tornar os percursos mais seguros, mais confortáveis e, dessa maneira, atrair mais ciclistas”, adiciona.

A coordenadora ainda destaca que o valor das e-bikes é o mesmo valor das bicicletas elétricas. É o mesmo tipo de passe. “O passe funciona da mesma forma que o passe da bike tradicional: gratuidade para quem tem bilhete único e com valores tarifários identicos.”

Beto Lima, 63, trabalha na praça Tupinambá, localizado na avenida 13 de Maio, há 35 anos. Ele começou a utilizar o Bicicletar depois que uma estação foi instalada no local, há três anos. “É muito bom. Tem na Europa, na Itália, me agrada muito. Tem umas falhazinhas no sistema, às vezes você vai tirar a [bicicleta] e dá erro. Mas é um sucesso aqui. Gosto bastante.”

Beto também não ainda não andou com as novas bicicletas. Ele, que paga pelo passe anual de R$ 80, estava na dúvida se podia, ou não, usar o ingresso normal para andar nos veículos elétricos. Depois que descobriu que sim, ficou animado para testar a novidade. “Vou já ali ver a situação”.

E-bikes tem limite de velocidade de 25 km/h

As e-bikes conseguem percorrer até 50 quilômetros (km), com velocidade máxima de 25 km/h. Equipada com pedal assistido, o veículo é impulsionado a partir da pedalada do ciclista, que ativa o motor elétrico.

Para utilizar o serviço é necessário adquirir os passes disponíveis pelo programa. Caso o usuário tenha Bilhete Único, o passe é gratuito para viagens com duração de até 60 minutos, de segunda a sábado, ou de até 90 minutos, aos domingos e feriados. Os passes podem ser comprados no aplicativo do Bicicletar, disponível para IOS e Android.

“É uma inovação que estamos trazendo e, enquanto inovação, é um teste. Então, ainda estamos avaliando, vendo como está a incorporação de bikes elétricas no sistema, também vamos avaliar com os usuários”, ressalta Isabela.

Todos os modelos têm GPS e status da bateria em tempo real. “Quando as bicicletas atingem 30% de bateria, elas são recolhidas pela Serttel, a empresa que faz a alteração do nosso sistema, para serem recarregados e devolvidos às [estações]. Se, por um acaso, a bicicleta descarregar no meio do caminho, ela vai também funcionar como uma bicicleta tradicional. O usuário não vai ficar na mão, não”, continua.

O Bicicletar conta com mais de 400 mil usuários registrados. Mais de 6,5 milhões de viagens foram realizadas e 2.650 toneladas de gás carbônico foram impedidos de serem emitidos na atmosfera. Atualmente, os ciclistas contam com 442,7 km de malha cicloviária na Cidade, sendo 134,4 km de ciclovias, 291 km de ciclofaixas, 13,4 km de ciclorrotas e 3,9 km de passeio compartilhado.

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