Professores da Uece decidem pela suspensão da greve

Trabalhadores decidiram, com 157 (62,8%) votos a favor, suspender o movimento paredista que já durava cerca de dois meses

A greve dos docentes da Universidade Estadual do Ceará (Uece) foi suspensa. Em assembleia realizada nesta quinta-feira, 20, os trabalhadores decidiram, com 157 (62,8%) votos a favor, interromper o movimento paredista que já durava cerca de dois meses na instituição.

Conforme nota divulgada pelo sindicato de docentes da Universidade Estadual do Ceará (Sinduece), na reunião os professores decidiram também manter "o estado de greve". Isso significa dizer que eles vão seguir "mobilizados e fiscalizando o cumprimento do acordo firmado com o Governo Estadual".

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Logo após tomada de decisão, ainda nesta tarde, o calendário acadêmico e o retorno das atividades foram discutidos entre a entidade e a Reitoria da instituição de ensino estadual.

"A greve poderá retornar caso os docentes em assembleia avaliem que ocorreu descumprimento do acordo firmado com o Governo Estadual ou se as mesas de negociação se mostrarem infrutíferas", destaca o Sinduece, em nota publicada. 

Docentes entraram em greve no último dia 4 de abril, reivindicando questões como reajuste de salários, melhores condições de trabalho, aumento do corpo docente e melhorias na infraestrutura da Universidade.

Uma das principais questões que foi abordada pelo sindicato é sobre a carência de professores na unidade. De acordo com Sinduece, a situação se agravou devido à não renovação de professores temporários e, desde agosto de 2023, alertas teriam sido encaminhados a competências estaduais.

O Governo do Estado desde então vem buscando tratativas com representantes e no dia 18 de junho apresentou, em mesa de negociação, proposta de pagamento de abono salarial aos professores efetivos, ativos e aposentados, em parcela única em outubro de 2024.

A proposta também incluía ampliação de 25% do número de cargos existentes no Grupo Ocupacional Magistério Superior; convocação de 35 professores do cadastro de reserva do último concurso e estudo para convocação complementar em 2025 e 2026.

Pontos foram apresentados à categoria que, com 157 votos a favor, decidiu pela suspensão do movimento paredista e pela instalação do estado de greve. É uma forma de seguir em mobilização, conforme o Sindicato, "pressionando o Governo Estadual para que cumpra os pontos acordados".

No dia 17 de julho será instalada uma mesa com os órgãos responsáveis pelo orçamento do Estado para tratar da recomposição salarial.

"Seguimos em luta, firmes e fortes. Continuamos solidários à luta do movimento estudantil e cobrando a mesa de negociação quanto à assistência estudantil", diz sindicato em nota. 

 

 Atualizada às 20h20min 

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