Justiça nega incidente de insanidade mental para homem que decapitou funcionário do IJF

Acusado do crime segue preso pela morte do zelador Francisco Mizael

A Justiça julgou improcedente o pedido de instauração de incidente de insanidade mental para Francisco Aurélio Rodrigues. O homem foi preso no dia 23 de abril acusado de adentrar no hospital Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro de Fortaleza, e matar o funcionário Francisco Mizael, que atuava como zelador da copa. Aurélio ainda arrancou a cabeça da vítima. A decisão obtida pelo O POVO é do dia 12 de junho. 

O Departamento de Homicídios, que foi responsável pela autuação de Aurélio, destacou que o crime teria sido motivado por "ciúmes". A namorada do ex-funcionário trabalhava no IJF e o homem teria desconfiança de uma suposta traição entre a moça e a vítima.

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Aurélio teria apontado que era "provocado" pelos colegas com quem trabalhou no hospital, a tomar uma atitude contra a vítima. No dia do crime, ele se utilizou da credencial de funcionário, que não havia sido cancelada, para entrar na unidade, onde permaneceu por 24 minutos. 

A namorada, em depoimento, descreveu um relacionamento tóxico e apontou que Aurélio chegou a exigir que a moça abandonasse o emprego. Depois da prisão, O POVO entrevistou a advogada Jessica Rodrigues, que pontuou a necessidade de instaurar um incidente de sanidade mental. 

A decisão que julgou improcedente o incidente de sanidade mental aponta que os argumentos apresentados pela defesa não são suficientes para gerar dúvidas sobre a capacidade mental do acusado. "Muito menos indicar que o acusado não possuía higidez mental, e em consequência, a capacidade de entendimento/autodeterminação na época dos fatos", diz a decisão obtida pelo O POVO

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