CE: Suspeito de integrar facção rompe tornozeleira 21 minutos após audiência

Homem já havia interrompido o monitoramento eletrônico uma outra vez e teve prisão preventiva decretada por isso. Mandado, porém, não havia sido expedido

Um homem, suspeito de integrar uma facção criminosa, rompeu a tornozeleira que faria o seu monitoramento eletrônico instantes após o término da audiência de custódia que havia decretado a medida. O POVO apurou que Matheus Rychas da Silva Martins, de 27 anos, quebrou o objeto 21 minutos depois de passar a ser monitorado.

O caso foi registrado no último sábado, 15. Matheus havia sido preso na sexta-feira, 14, no bairro Couto Fernandes, em Fortaleza, após ser flagrado por policiais militares com 1 grama de crack, 24 gramas de maconha e munições.

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Os PMs chegaram a verificar se contra o suspeito havia algum mandado de prisão em aberto, o que não foi constatado. Também no 34º Distrito Policial (34ºDP), para onde ele foi levado para ser autuado, não foi encontrada ordem de prisão.

A prisão preventiva de Matheus, porém, havia sido decretada no último dia 22 de maio, justamente, após ele ter interrompido o monitoramento eletrônico. Com isso, na audiência do sábado, 15, foi avaliada apenas a necessidade da prisão preventiva no caso do flagrante de posse de 25 gramas de drogas.

Levando em consideração que Matheus é tecnicamente primário e que o crime pelo qual foi preso na sexta não denotava “periculosidade extrema”, o juiz que presidia a audiência decidiu pela substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, incluindo o monitoramento por tornozeleira eletrônica.

Apesar de ter antecedentes, Matheus é tecnicamente réu primário, pois nunca foi condenado. Após romper a tornozeleira, ele não foi mais localizado e é procurado pelas forças de segurança. O POVO constatou que, nesta terça-feira, 18, o mandado de prisão expedido em maio já constava no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). 

Procurado para informar por qual motivo a peça não constava no BNMP no sábado, o Tribunal de Justiça do Estado (TJCE) disse que apurava o caso e que não teria como responder até a noite desta terça. Além de antecedentes criminais por tráfico de drogas, Matheus também responde por roubo e homicídio.

Ele foi acusado por, ao menos, dois assassinatos: um registrado em 18 de maio de 2016, que vitimou Élder Durst Sousa Ramos no Couto Fernandes; e outro em 2 de dezembro de 2016, no bairro Demócrito Rocha, cuja vítima foi Daniele dos Santos Malaqueta.

No primeiro caso, Matheus foi impronunciado pela Justiça, enquanto, no outro, ele foi pronunciado, mas recorreu da decisão e aguardava o julgamento em liberdade.


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