Restaurante do Sesc na 24 de maio é transferido para Avenida do Imperador
O novo espaço está localizado na avenida do Imperador, 498, ao lado do centro comercial Beco da Poeira
O restaurante do Serviço Social do Comércio (Sesc) do Ceará, antes localizado na rua 24 de maio, no centro de Fortaleza, passou a funcionar na Avenida do Imperador, próximo ao centro comercial Beco da Poeira. O novo estabelecimento começou a atender os comerciários no último dia 27 de maio. O antigo imóvel, contudo, agora pertence à Igreja Universal.
De acordo com a diretora de Programação Social do Sesc Ceará, Sabrina Veras, a mudança de local integra um plano de extensão articulado pelo órgão a fim de proporcionar mais conforto aos comerciários. O novo espaço foi inaugurado no último dia 27 de maio e tem capacidade de comportar até 2 mil pessoas.
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“O Sesc Centro na 24 de maio estava muito limitado, não comportava as pessoas, elas ficavam muito tempo na fila de espera, e a gente sabe que o comerciário tem uma hora de almoço, então, buscando esse maior conforto, nós partimos em busca da construção de um novo restaurante”, explica.
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O antigo imóvel foi colocado em um leilão público, no qual o maior arremate foi feito pela Igreja Universal. O valor arrematado foi de R$ 8 milhões, conforme consta no edital do leilão do espaço.
“A Igreja Universal comprou o nosso prédio, o que vão fazer lá é eles que vão definir, mas estão expandindo os serviços para a comunidade”, reforça Sabrina Veras.
O novo espaço está localizado na avenida do Imperador, 498, ao lado do centro comercial Beco da Poeira. O restaurante fica atrás do Casarão de Thomaz Pompeu, um prédio histórico que se encontra em estado de limbo e que passou por processo de desapropriação há cerca de 20 anos.
A diretora acrescentou que a gestão está dialogando com o governo do Estado para que o Sesc receba a cessão do Casarão. A expectativa é que os serviços prestados pela instituição sejam ampliados.
“O intuito é que o Sesc possa desenvolver outros serviços como a parte cultural, como nosso programa de cultura, para que a gente possa levar apresentações artísticas, também um café, um lanche para os comerciários. Após o processo finalizado vamos dar andamento para ofertar mais serviços aos nossos clientes”, completou.
O plano de extensão dos restaurantes foi iniciado em 2021, ano no qual foi inaugurada a área de alimentação da escola de gastronomia e hotelaria, localizada no Centro de Fortaleza, cuja capacidade de distribuição é de 1.500 (mil e quinhentas) refeições.
A previsão é que, até o ano de 2025, um novo restaurante seja inaugurado no cruzamento da rua Major Facundo e Pedro I, também no centro de Fortaleza. A expectativa é que este espaço tenha capacidade para mil pessoas.
Casarão Thomaz Pompeu
Nas primeiras décadas do século XX, o imóvel localizado na Avenida do Imperador foi construído para ser residência do médico Thomaz Pompeu de Souza Brasil. Nas proximidades do casarão também estava localizada a fábrica de Thomaz Pompeu, fundada em 1899, que era destinada à produção de redes de dormir.
Até o ano passado, a casa estava sob o domínio de José Pompeu, neto de Thomaz Pompeu de Souza Brasil Filho. Em 2005, o imóvel recebeu o seu último projeto de restauro por parte da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult) , a qual, sob responsabilidade dos arquitetos Domingos Linheiro e Luciano Guimarães, recebeu a proposta de sediar o Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest). Hoje, contudo, o imóvel encontra-se sem uso.
Agora, o Sesc dialoga com o Governo do Estado para conseguir a posse da casa da família Thomaz Pompeu. O intuito do Sesc é transformar o prédio em centro cultural e, dessa forma, promover apresentações artísticas ao público que frequenta o local.
Em 2023, o casarão foi tema do trabalho de conclusão de curso (TCC) da arquiteta urbanista, Sofia Collares. Ao O POVO, Sofia mencionou que a transformação do prédio em centro cultural é algo “vantajoso” para Fortaleza, tendo em vista que a estrutura pode enriquecer “ainda mais o circuito cultural” da cidade.
“Reforço que é essencial que seja um projeto que resgate o coletivo, que seja voltado para o uso da população”, seguiu a arquiteta. “O Centro hoje precisa ser revisitado, visto que é um espaço rico em infraestrutura e em edifícios que são a própria memória viva e edificada da cidade”.
O POVO contatou a Secult a fim de saber se o prédio histórico está em processo de tombamento, no entanto, não obteve retorno até a publicação desta matéria, que será atualizada mediante posicionamento.
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