Influenciadora e humorista são presos, em Fortaleza, suspeitos de desviar dinheiro de doações ao RS
O casal, de acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, criou cerca de 235 chaves pix distintas para executar a fraude
13:52 | Jun. 13, 2024
A influenciadora Regina Belo e o humorista Aldanísio Paiva foram presos na manhã dessa quinta-feira, 13, em Fortaleza, suspeitos de desviar o dinheiro de doações às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul (RS). O casal, de acordo com a Polícia Civil do RS, criou cerca de 235 chaves pix distintas para executar a fraude.
O golpe consistia na criação de chaves pix similares às utilizadas em campanhas de arrecadação para o resgate de animais, criadas por duas influenciadoras gaúchas.
Os suspeitos alteravam apenas um dígito das chaves verdadeiras. O objetivo era se aproveitar do erro de possíveis contribuintes.
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“[As influenciadoras] verificaram que pessoas estavam fazendo doações e encaminhando comprovantes de transferência para contas que não eram as delas. Estavam no nome de uma outra pessoa”, explica o delegado Eibert Moreira Neto, da Polícia Civil do RS.
“Elas alertaram os seguidores e denunciaram à Polícia Civil. Nós começamos a investigar e identificamos as contas para as quais as transferências eram feitas”, adiciona.
A partir dos comprovantes, os policiais identificaram dois idosos do estado do Ceará. Eles, no entanto, não eram os autores da fraude. O casal preso nessa quinta se passava por eles por meio de documentos falsos.
“Eles falsificaram os documentos, colocaram as fotografias deles [dos idosos] e abriram as contas, das quais as chaves pix eram geradas.”
Os idosos não foram as únicas vítimas do casal. Apenas no mês de maio, os suspeitos criaram chaves novas todos os dias, sempre a partir de contas abertas com documentos falsos.
O casal foi alvo de dois mandados de prisão de busca e apreensão. Eles foram presos em flagrante por falsificação de documentos, pois vários documentos falsos foram encontrados durante as buscas.
A ação é decorrente da operação "Dilúvio Moral", desenvolvida por uma força-tarefa do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que busca reprimir práticas criminosas virtuais que se utilizem da atual situação do Rio Grande do Sul para obter vantagens de qualquer natureza.
Até o momento, mais de 60 casos são analisados pelo grupo. Mais de 70% deles já foram concluídos. 71 páginas, contas e publicações criminosas já foram retiradas do ar.