Preso no Genibaú é suspeito de negociar arma usada para matar PM
Pistola teria sido utilizada por assaltantes que mataram o soldado Félix Batista de Almeida Neto. Victor Ramonys Chaves dos Santos tinha mandados de prisão em aberto
18:53 | Jun. 10, 2024
O homem de 26 anos, que tinha mandados de prisão em aberto e foi preso nesse domingo, 9, no bairro Genibaú, em Fortaleza, é suspeito de estar negociando a arma que teria sido utilizada para matar o soldado Félix Batista de Almeida Neto — crime ocorrido em 21 de janeiro deste ano no bairro Demócrito Rocha.
Victor Ramonys Chaves dos Santos, conhecido como Vaqueta, foi preso ao lado de um homem de 33 anos, que não teve a identidade divulgada, com uma pistola calibre 380, 85 gramas de cocaína, 150 gramas de maconha do tipo skunk, balança de precisão e uma quantia em dinheiro, além de vários aparelhos celulares.
Com o suspeito de 33 anos, foram encontradas 150 munições calibre 9 mm e 83 munições calibre .40. Além do cumprimento dos mandados, Victor Ramonys foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e posse de arma de fogo e munições.
O POVO apurou que denúncia anônima feita à Polícia Civil indicava o endereço onde Victor Ramonys estava escondido. Conforme a denúncia, ele é uma liderança de um grupo que atua no tráfico de drogas e em roubos na região do Genibaú.
Em Ordem de Missão, inspetores da 11ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), especializada em crimes contra agentes de segurança, confirmaram as informações da denúncia anônima.
Conforme apuraram os policiais, Victor Ramonys anunciava a venda de drogas em sua própria conta no Instagram.
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Contra Victor Ramonys, constava três mandados de prisão em aberto, dois por homicídio e um de execução penal. Ele já havia sido condenado a 13 anos e 9 meses de prisão pelo assassinato de Diego Gomes de Andrade em 9 de março de 2016 no Genibaú.
O crime foi motivado, conforme sentença de pronúncia, por vingança. A vítima teria envolvimento na morte de um parente do comparsa de Victor Ramonys na execução, identificado como Thiago da Silva Ribeiro. Este também foi condenado.
Assassinato do soldado Félix
O soldado Félix Batista de Almeida Neto, de 35 anos, foi morto durante uma tentativa de assalto. Ele estava na calçada de sua casa, com um grupo de amigos, quando quatro pessoas, que trafegavam em duas motos, chegaram e anunciaram a ação criminosa.
Houve uma troca de tiros entre o PM e os criminosos, no que Félix foi atingido no olho esquerdo. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no Instituto Dr. José Frota (IJF).
Até o momento, nenhum suspeito do crime foi preso. A 11ª DHPP segue investigando o caso.