Parada pela Diversidade do Ceará ocorre no próximo dia 30 na av. Beira Mar

Com o tema Radicalizar para existir; votar para ocupar, a Parada chega a sua 23ª edição. A madrinha desta edição será a jornalista Dediane Souza. Programação do evento ainda será divulgada

A 23ª edição da Parada pela Diversidade Sexual do Ceará vai acontecer no dia 30 de junho na avenida Beira Mar. A edição cearense é a maior do Nordeste e uma das maiores do Brasil e tem expectativa de reunir um milhão de pessoas em defesa dos direitos das populações LGBTQIAPN+ Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queers, Intersexuais,
Assexuais, Pansexuais, Pessoas não Binárias e outras identidades de gênero
. Além da celebração dos 35 anos de atuação do Grupo de Resistência Asa Branca (Grab), que viabiliza o evento.

Com o tema “Radicalizar para existir; votar para ocupar”, a Parada vai pautar as vulnerabilidades sociais, desde insegurança alimentar, bullying, dificuldades no mercado profissional ao elevado índice de assassinatos de travestis no Ceará, às quais estão expostas a comunidade LGBTQIAPN+.

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A presidenta do Grab, Dary Bezerra, diz que a Parada não é um simples desfile, é uma luta histórica por políticas públicas. “Porque nós ainda estamos à margem dos espaços sociais e de poder. Nós precisamos ocupar esses espaços para que possamos existir dentro e fora deles. Para que possamos viver!"

"Querem que a gente fique à margem, pois quem está à margem não é visto nem decide nada. Temos reivindicações que dialogam com as nossas experiências de vida, e a avenida Beira Mar é nosso lugar de luta. Nós vamos, mais uma vez, ocupar o coração do Ceará”, complementou Dary em nota.

A madrinha da parada deste ano será a jornalista e ativista Dediane Souza, figura importante no movimento LGBTQIAPN+ brasileiro. A cearense - natural de Santana do Acaraú - foi escolhida por representantes de diversas organizações apoiadoras da marcha, sendo a terceira travesti a ocupar o posto, antecedida por Lena Oxa e Luma Andrade.

A nomeação de Dediane Souza acontece no ano no qual ela completa duas décadas de contribuição com a Parada, ajudando a construir o evento desde 2005, quando tinha apenas 17 anos.

“Ser aclamada madrinha da Parada é um ato de reconhecimento público do meu envolvimento afetivo e político com o evento. Foram muitos anos de dedicação, desafios, afetos e muita fechação. Porque ocupar as ruas é um ato político para a nossa sobrevivência. Nosso País é o que mais mata pessoas trans e travestis no mundo há 14 anos consecutivos! Não reivindicar melhorias não é uma opção”, resume a jornalista, por meio de release enviado pela assessoria, que também é mestra em Antropologia e cursa doutorado na área.

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