Aporte de açudes garante abastecimento da Grande Fortaleza por até 5 anos

Já a região dos Sertões de Crateús teve menor incidência de chuvas e os reservatórios chegaram a 25% da capacidade no fim de maio

11:26 | Jun. 07, 2024

Por: Alexia Vieira
Barragem Germinal, em Palmácia. (foto: Aurélio Alves/ O POVO)

O nível dos açudes da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) após a quadra chuvosa de 2024 é suficiente para garantir o abastecimento de água por até cinco anos, conforme o presidente da Companhia de Gestão e Recursos Hídricos (Cogerh), Yuri Castro. No entanto, mesmo com o melhor aporte hídrico desde 2012, ainda há regiões do Ceará em alerta.

Yuri explica que os reservatórios da RMF terminaram o período chuvoso com 100% da capacidade preenchida. Além disso, o sistema recebe águas do Castanhão, que também recebeu o melhor aporte desde 2014. “Podemos dizer que a região está abastecida por três, quatro, até cinco anos sem nenhum problema”, afirma.

As bacias hidrográficas da região litoral estão em situação semelhante e podem abastecer os municípios por até três anos. No Centro-Sul, o aporte pode garantir “tranquilidade” de abastecimento por até dois anos.

Já a região dos Sertões de Crateús teve menor incidência de chuvas e os reservatórios chegaram a 25% da capacidade no fim de maio. “É uma bacia que a gente só tem água suficiente para este ano, os municípios não sofrerão neste ano, mas ano que vem já tem a preocupação, caso não tenhamos uma quadra chuvosa boa naquela região”, diz Yuri.

Yuri afirma que quatro cidades precisam receber ações de mitigação da seca de forma prioritária: Quiterianópolis, Milhã, Ibicuitinga e Itatira. Em Quiterianópolis e em Ibicuitinga, é preciso realizar a troca de adutoras feitas de forma emergencial por sistemas definitivos.

Milhã já será contemplada pelas obras do programa Malha D’água ainda em 2024, conforme o presidente. Em Itatira, também é necessária a construção de uma adutora. “Hoje o município é atendido apenas por poços, e poços não garantem abastecimento 100%”, explica.

Ainda não há previsão ou verba garantida para executar o planejamento nos municípios mais críticos.

Com informações da repórter Lara Vieira