Dupla é denunciada pelo MPCE por matar idosa e tentar matar coronel na Paupina
Episódio se deu após oficial ser cercado por criminosos quando foi até o bairro Paupina buscar um remédio. Ele teve de buscar abrigo em um apartamento de um residencial
O Ministério Público Estadual (MPCE) ofertou, nessa segunda-feira, 3, denúncia contra dois homens suspeitos de matar Maria do Socorro Martins de Oliveira, de 64 anos, no último dia 16 de maio no residencial Rachel de Queiroz, localizado no bairro Paupina, em Fortaleza. A denúncia aguarda recebimento da Justiça.
O crime aconteceu durante uma ocorrência em que um tenente-coronel da Polícia Militar precisou se esconder dentro do conjunto habitacional para escapar de criminosos que haviam cercado o carro dele.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Juntos a Emerson da Silva Chaves, de 20 anos, e Paulo Cesar Ferreira da Silva Filho, de 19 anos, foi denunciado Pedro Lucas Lima, 19 anos, preso ao lado da dupla, mas denunciado apenas pelos crimes de receptação, porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas.
Como mostrou O POVO em 17 de maio, o episódio se deu quando o coronel se dirigiu até o Residencial dos Escritores para buscar um remédio com um farmacêutico que morava no local. Ao chegar ao conjunto, o oficial perguntou a moradores que estavam na portaria qual era o apartamento do farmacêutico.
Enquanto isso, ele percebeu que um grupo de homens passou a observá-lo, o que fez com que ele voltasse ao carro e tentasse fugir. Conforme relatou o PM, ele identificou que os criminosos estavam armados. O carro dele chegou a ser atingido por pedras arremessadas por criminosos.
“Durante a fuga, (o coronel) entrou em uma rua sem saída, forçando-o a desembarcar do veículo e buscar abrigo (...) no andar térreo do Condomínio Habitacional Rachel de Queiroz”, narra a denúncia do MPCE.
O coronel entrou em um apartamento para se esconder dos criminosos. Enquanto tentava fazer uma barricada na porta da residência, ele ouviu os criminosos questionando a moradora vizinha se ela havia dado abrigo ao PM.
“Iniciou-se um tiroteio, tendo EMERSON, PAULO CÉSAR e outros indivíduos ainda não identificados, efetuando disparos na direção (do coronel) com evidente intenção homicida”, afirmou na denúncia o promotor Ythalo Frota Loureiro.
“Nesse contexto, os acusados ainda assumiram o risco de produzir o resultado morte com relação à vítima MARIA DO SOCORRO MARTINS DE OLIVEIRA, moradora do apartamento vizinho (...) que foi atingida em meio aos múltiplos disparos.”
Para o MPCE, “não importa” de onde partiu o disparo, uma vez que “foram os acusados que provocaram a situação e assumiram o risco de provocar a morte de qualquer pessoa no local”, tendo o PM agido em legítima defesa.
Com os disparos feitos pelo coronel e a chegada de reforços policiais, o grupo fugiu. Emerson foi baleado. Ele e os outros dois suspeitos foram presos horas após o tiroteio durante buscas feitas pelas forças de segurança na região. Na operação que foi deflagrada, um quarto suspeito morreu em intervenção policial.