Caso Jamile: TJCE decide nesta quarta-feira se advogado Aldemir Pessoa irá a júri popular

Advogado é acusado de ter matado a empresária em 2019, com quem namorava à época. Recurso quer anular processo que tramita na 4ª Vara do Júri

Réu por feminicídio e sem nunca ter sido preso, o advogado Aldemir Pessoa Junior, saberá nesta quarta-feira, 5, se será mantida sua condição de pronunciado, que pode levá-lo a júri popular. Ele é acusado de ter matado com um tiro, em 2019, a empresária Jamile de Oliveira Correia, de 47 anos, com quem namorava à época. O caso aconteceu no próprio apartamento da vítima, no bairro Meireles

A decisão será tomada pelos desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), em sessão ordinária. Os magistrados vão avaliar o recurso apresentado pela defesa de Aldemir, contra a pronúncia definida pela 4ª Vara do Júri de Fortaleza.

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Jamile morreu no dia 31 de agosto de 2019. Na madrugada do dia anterior, após ter sido atingida por um disparo, a empresária foi socorrida até o Instituto Dr. José Frota (IJF), chegou a ser operada, mas não resistiu. Aldemir disse em depoimento que Jamile teria tentado suicídio. Ele alega inocência pela morte.

O filho da empresária, que era adolescente à época, é testemunha nos autos. A defesa de Aldemir apelou através de um recurso em sentido estrito. O processo tramita corre em segredo de justiça.

Na sessão da 2ª Câmara Criminal, os advogados das partes farão sustentação oral aos desembargadores. A acusação, feita pelo advogado Flávio Jacinto, que não quis se manifestar sobre os detalhes já expostos e o que será debatido, pede que Aldemir seja julgado e punido após "cinco longos anos de espera".

Nos autos, a defesa de Aldemir teria pontuado o processo como ilegal, porque teria se baseado numa dúvida para levar o réu a júri. Por isso, caberia a anulação do caso. O POVO também procurou o advogado Armando Costa Júnior, que justificou o sigilo do processo para não dar declarações até o julgamento do recurso.

O que for definido nesta quarta-feira é passível de novo recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. A relatoria do recurso na Câmara Criminal é do desembargador Eduardo Scorsafava.


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