Procissão de Corpus Christi reúne multidão de fiéis em Fortaleza

Trajeto passou por vias do Centro da Capital rumo à Catedral Metropolitana

A tradicional procissão de Corpus Christi reuniu uma multidão de católicos em Fortaleza nesta quinta-feira, 30 de maio. A caminhada teve início no Santuário Arquidiocesano de Adoração (Paróquia São Benedito), no Centro, e continuou por um trajeto de aproximadamente dois quilômetros até a Catedral Metropolitana.

Antes da procissão, ocorreu uma missa presidida por dom Gregório Paixão, arcebispo metropolitano de Fortaleza. A multidão começou a caminhada até a Catedral pouco depois das 17 horas. O cortejo aconteceu pelo terceiro ano seguido, visto que não foi realizado em 2020 e 2021 por conta da pandemia de Covid-19.

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A organização do momento contou com a participação de diversos membros da comunidade católica na Cidade. Antônio Ednardo, comerciante, compareceu à sua 12ª procissão e relatou ao O POVO que é um momento de renovação e fé, sendo esse o significado da celebração de Corpus Christi.

Antônio, que integra a Comunidade Católica Nova Aliança, também destacou a importância da participação popular na procissão. “A gente vê a fragilidade das pessoas e, ao mesmo tempo, a fé delas. É o que traz as pessoas para essa caminhada, em busca de uma renovação eucarística”, comentou.

A Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) participou da caminhada para auxiliar nas instruções aos veículos que passavam pelos arredores do trajeto. Utilizando carros e motos, os fiscais redirecionaram o trânsito para outras vias.

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Em entrevista ao O POVO, Márcio Renê, agente de trânsito da AMC, afirmou que a organização estava tranquila porque a movimentação de veículos é reduzida no feriado. “O controle fica bem mais fácil. Devido às fortes chuvas que tiveram hoje, o número de participantes foi menor, melhorando o trabalho aqui, a operação”, frisou.

A procissão, parte da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, reuniu mais pessoas ao longo da caminhada, o que aumentou o público até a chegada à Catedral. Com pouca chuva no horário, a condução de dom Gregório ocorreu em carro aberto, passando até por trechos de pouca iluminação pública.

A AMC não forneceu estimativa de participantes, dado que a Polícia Militar do Ceará (PMCE) também não possuía no local.

A solenidade reuniu famílias de fiéis, indo de crianças a idosos na faixa etária. Enquanto algumas pessoas foram pela primeira vez a uma procissão, outras repetiram a experiência de fé. É o caso de Maria do Carmo, aposentada que relatou ter “perdido as contas” de quantas vezes já participou da celebração.

“Desde nova que eu participo dessa procissão de Corpus Christi. A cada ano, Deus me revela coisas boas para a minha vida. Ele nos dá o necessário para a gente viver na fé, no amor e na graça, junto com Nossa Senhora, nossa mãe do céu e mãe de Jesus Cristo”, disse ela ao O POVO.

O Dia de Corpus Christi, uma das datas mais importantes do calendário católico, é celebrado 60 dias após o domingo de Páscoa ou na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade. A procissão simboliza a caminhada do povo de Deus rumo à terra prometida. Em adendo ao cortejo, a data foi marcada por celebrações eucarísticas em diversas paróquias da Cidade.

Corpus Christi: qual a origem da celebração católica?

A solenidade de Corpus Christi é conhecida como o único dia em que o santíssimo deixa o sacrário para estar em meio ao povo. Nesta data, os fiéis confeccionam tapetes com os mais variados materiais, formatos, desenhos e temas, para festejar o corpo de Cristo.

A celebração é considerada festa de guarda dos católicos: é de participação obrigatória dos fiéis para celebrar o corpo e o sangue do filho de Deus.

A origem remete ao século XIII, em uma iniciativa da Santa belga Juliana de Mont Cornillon. “Ela percebia que nas festas da igreja faltava uma que exaltasse ou reconhecesse o Corpo e o Sangue de Cristo”, explicou o padre Kleber Chevi, da paróquia Cristo Rei, na Aldeota.

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