Professor é declarado inocente de acusação de abuso em escola de Fortaleza e não será indiciado
De acordo com a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), a denúncia de estupro de vulnerável segue em andamento, contudo, a participação do professor no crime foi descartada e ele não será indiciadoO professor suspeito de violentar sexualmente uma menina de quatro anos em uma escola pública no bairro Bonsucesso, em Fortaleza, foi declarado inocente pelo delegado titular da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca), Alexandre Marques.
De acordo com a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), a denúncia de estupro de vulnerável segue em andamento, contudo, a participação do professor no crime foi descartada e ele não será indiciado.
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“A investigação segue em andamento e está a cargo da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca) da PC-CE”, complementa órgão.
“Sair da Dceca e escutar da boca do delegado que meu filho é inocente… Vocês não tem noção do desespero que é passar 63 dias sem dormir direito, sem comer direito, vendo meu filho querendo se matar, ele não tendo vida, ninguém tem noção”, desabafou a mãe do professor em vídeo nas redes sociais.
Com o intuito de esclarecer os fatos e declarar inocência, a família do professor havia criado um perfil no Instagram. A página publicou, no dia 30 de março, uma nota afirmando que a gestão da escola teve acesso às gravações de câmeras de segurança do local.
Em seguida, o material foi encaminhado à polícia, que, por sua vez, “constatou inviabilidade do professor estar no local ou ter feito qualquer ação contra a criança no dia do ocorrido ou em qualquer outro”.
“O professor estava em sala de aula com seus alunos no dia relatado e seu trajeto na escola apenas ocorreu da sala de aula para a saída. O mesmo nunca teve qualquer contato com a criança e não a conhece. A polícia já analisou as filmagens e constatou inocência do professor em questão, descartando a acusação”, publicou a página.
No perfil foram divulgadas gravações que mostram móveis, portas e janelas destruídos pela população. A página também exibe capturas de tela contendo ameaças enviadas ao professor desde a repercussão do caso.
Relembre o caso
Em março deste ano, uma mulher denunciou à Polícia Militar do Estado do Ceará (PMCE) que a filha de 4 anos havia sofrido violência sexual na Escola Municipal João Paulo I, no Bairro Bonsucesso, em Fortaleza.
Após a denúncia, o professor foi afastado de suas funções, conforme informou a Secretaria Municipal de Educação (SME), à época.
A mulher relatou que a criança, ao chegar da escola, apresentou dificuldade para urinar, com dor e sangramento. Ao verificar, percebeu que a parte íntima da menina estava vermelha e irritada.
Em seguida a criança contou para a mãe que no momento que foi beber água na escola, um “amigo grande” a chamou dizendo que uma “amiguinha” estava ferida e a levou para uma sala. No local, ele teria “colocado os dedos” nas partes íntimas dela.
Posteriormente, a mulher levou a criança para atendimento no Hospital Infantil Dra. Lúcia de Fátima Ribeiro Guimarães Sá, no bairro Parangaba. Lá, a menina foi examinada e o médico falou sobre o indício de violência sexual.
A mãe da criança também registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher, que encaminhou a menina para exame de delito na Perícia Forense. A mãe da vítima alegou que o exame constatou o crime sexual.
A investigação segue em andamento e fica a cargo da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca) da Polícia Civil do Estado do Ceará.