Defesa de homem que matou e decapitou funcionário do IJF alega insanidade mental

Caso seja comprovada insanidade mental, réu pode ser considerado inimputável. Crime aconteceu em abril, e a vítima foi morta dentro do local de trabalho

A defesa de Francisco Aurélio Rodrigues de Lima, 41, réu acusado de matar e decapitar um funcionário do Instituto Dr. José Frota no dia 23 de abril deste ano, pediu a instauração de incidente de insanidade mental. De acordo com as advogadas, o homem apresentou surtos e discursos persecutórios onde estava detido, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

A solicitação deve ser analisada pela Justiça. Caso seja aceita, Francisco passará por um exame médico-legal para apurar o estado de saúde mental. A partir desse recurso, o réu pode ser considerado inimputável, ou seja, incapaz de responder pelo crime.

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Um relatório de atendimentos realizados no Centro de Triagem e Observação Criminológica (CTOC) foi apresentado pela defesa. Conforme os documentos obtidos pelo O POVO, enfermeiros e psicólogos relatam crises, comportamentos agressivos e intimidatórios, falas confusas, recusa de remédios psiquiátricos, dentre outros episódios.

“No pouco tempo que o requerente esteve no CTOC, observou-se pelos profissionais de saúde que o atenderam que o mesmo tinha ‘discurso persecutório, sentindo ameaçado dentro da unidade’”, afirma a defesa no documento, expondo ainda que o réu chegou a ser encaminhado ao Hospital Mental de Messejana para avaliação psiquiátrica.

Relembre o crime

No dia 23 de abril, Francisco Mizael Souza da Silva, 29, foi morto a tiros e decapitado dentro do Instituto Doutor José Frota (IJF), onde trabalhava. Câmeras de segurança flagraram Francisco Aurélio saindo da unidade após cometer o crime. O homem foi preso no mesmo dia em Aquiraz, na Região Metropolitana.

Francisco é ex-funcionário da unidade de saúde e ainda tinha acesso ao local por meio do reconhecimento facial, que não teria sido desabilitado após a demissão. Conforme a investigação, o réu acreditava que a namorada, também funcionária do IJF, teria um relacionamento com Mizael e já havia ameaçado “fazer uma loucura” contra a vítima.

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