"Ele passava para as pessoas que era um esposo perfeito", relata familiar sobre educador físico acusado de feminicídio

A mulher foi morta com 41 golpes de faca no dia 30 de janeiro deste ano. Educador físico foi preso em flagrante pelo crime

O homem acusado do feminicídio ocorrido no bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza, no último dia 31 de janeiro, passava para as pessoas a imagem de esposo perfeito e um exemplo a ser seguido. Essa relato é de uma familiar da vítima de 44 anos. Os parentes conviviam com o educador físico desde o começo do relacionamento de 30 anos do casal. O POVO opta por não divulgar os nomes para preservar a identidade do filho, um menino de 11 anos. 

"Ele passava para as pessoas que era a pessoa protetora da família, um defensor da família e que o que mais importava para ele era o bem-estar e a saúde da família. Ele passava muito isso, que era um pai perfeito, um esposo perfeito. E sempre que chegava era para se autoafirmar e se exaltar como se ele fosse o maior exemplo a ser seguido, mas o que ele mostrava para os outros era diferente do mártir que a [vítima] tinha em casa", ressalta.

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A mulher foi morta com 41 golpes de faca. Para a parente, o educador físico praticava violência psicológica contra a companheira. "Ele era ciumento, controlador, se incomodava com o sucesso profissional dela e quanto mais ela subia na empresa, mais isso incomodava. Ele chegou a impor que ela pedisse demissão do emprego, e esse foi um dos motivos para que ela decidisse pela separação", comenta.

A vítima precisou fazer uma viagem de trabalho a São Paulo, e o homem, inconformado, teria ido até a casa dos pais idosos da esposa gritando que ela não era uma boa esposa e boa mãe. A mãe da mulher teria ficado horrorizada e orientado que, se ele estivesse incomodado com o relacionamento, buscasse a sepração.

A família aponta que a vítima era uma pessoa cheia de amigas e que gostava de sair com os parentes e com as colegas. A vítima comprou um automóvel, e isso também teria motivado briga entre o casal.

"Uma morte por si só já é difícil de se enfrentar, mas da forma como foi, com tamanha crueldade, a forma como ela foi tirada de nós, torna aquilo mais doloroso. É difícil de acreditar que ele cometeu o crime na frente do filho. Ela tinha o filho como tudo na vida dela, os programas sempre eram os dois juntos e muitas vezes sem a presença do pai", descreve a familiar.

Segundo a fonte, mãe e filho estavam juntos desde saídas como um espetinho na esquina até uma ida ao shopping. "Poderia falar dela por horas, uma pessoa que ajudava todo mundo, inclusive ajudava a família do homem que assassinou ela. Era prestativa, generosa. Tiveram que abrir mais duas salas para o velório dela de tanta gente que foi para dar um último adeus."

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