Profissionais do Hospital Walter Cantídio e da Maternidade Escola da UFC suspendem greve

Movimento paredista teve fim nesta quinta-feira, 9, mediante assinatura de acordo coletivo de trabalho, mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST)

20:55 | Mai. 09, 2024

Por: Gabriela Almeida
Vice-Presidência do TST mediou acordo entre a Ebserh e seus empregados (foto: Divulgação | TST)

Está suspensa a greve dos servidores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) e a Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), da Universidade Federal do Ceará (UFC). O movimento paredista teve fim nesta quinta-feira, 9, mediante assinatura de acordo coletivo de trabalho, mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). 

Trabalhadores haviam deflagrado a greve em Fortaleza no ínicio dessa semana e seguiam a deliberação da categoria em todo o País. Eles reivindicavam pontos como a valorização dos profissionais, a melhoria das condições de trabalho, a reestruturação das carreiras e um reajuste salarial.

A Ebserh chegou a apresentar como proposta um reajuste mínimo de 2,15%, mas os servidores solicitavam aumento de 14,7% e acréscimo de alguns benefícios, como o auxílio alimentação.

Na segunda-feira, 6, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) mediou uma reunião entre os representantes da categoria, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), a Ebserh e o Governo Federal. Na ocasião, a empresa apresentou novos propostas, como o aumento de 3,09% sobre salários e alguns benefícios, e 20,58% no auxílio alimentação, mas trabalhadores rejeitaram negociação. 

Já na tarde de hoje representantes dos entes envolvidos estiveram em uma nova audiência, mediada pelo TST, onde foi assinado um acordo coletivo de trabalho que encerra a greve nos hospitais universitários administrados pela Ebserh. Negociata teve como principiais pontos acordados:

  1. Alteração da data-base para 1º de junho de 2025
  2. No período 2024/2025, reajuste de 3,09% sobre salários e benefícios, correspondente a 80% do INPC;
  3. No período 2025/2026, reajuste de 100% do INPC;
  4. Redução da cota-parte do auxílio-transporte de 6% para 5% para ocupantes de cargo de nível médio e técnico;
  5. Auxílio-alimentação de R$ 800 e, a partir de março, de R$ 1 mil;
  6. Auxílio-creche de R$ 484,90;
  7. Assistência médico-odontológica de 190,65;
  8. Manutenção das cláusulas sociais;
  9. Encerramento da greve às 18h de hoje (8);
  10. Compensação de 50% dos dias de paralisação.

"As novas cláusulas são resultado de tratativas da Ebserh com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), seguindo compromisso da estatal de manter o diálogo aberto com os empregados", destaca Ebserh, em nota encaminhada ao O POVO. (Colaborou Taynara Lima)