Ed. São Pedro: quase dois meses depois, obras estão 40% concluídas

A obra segue para fase de desmonte do prédio e muda trânsito na Praia de Iracema. É utilizada escavadeira que alcança até 20 metros de altura

13:50 | Mai. 01, 2024

Por: Mateus Brisa
Escavadeira de lança longa, utilizada na demolição do edifício São Pedro, permite acessar locais mais restritos (foto: AURÉLIO ALVES)

Um mês e 26 dias após o início da demolição do Edifício São Pedro, a estrutura localizada no bairro Praia de Iracema, em Fortaleza, já difere da memória histórica. As obras estão 40% concluídas e seguem para fase de desmonte do prédio, segundo a Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf).

É utilizada uma escavadeira de lança longa, também conhecida como , que alcança até 20 metros de altura. Conforme a pasta, o maquinário permite uma aceleração no processo de demolição, assim como o acesso a locais mais restritos. Obras devem terminar até junho.

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Demolição do Ed. São Pedro: mudança no trânsito da Praia de Iracema

Para continuar a demolição do edifício e garantir a segurança da população, a Seinf reduzirá mais uma faixa de tráfego na avenida Historiador Raimundo Girão, entre as ruas Arariús e Gonçalves Ledo.

Apesar do estreitamento da via, não haverá interdição total, de acordo com a pasta: “Com a medida, as faixas do sentido Centro/Aldeota terão mudança na configuração e passam a operar nos dois sentidos”.

Já a rua Arariús, no trecho entre as avenidas Beira-Mar e Historiador Raimundo Girão, seguirá bloqueada para o tráfego rodoviário.

Conforme a Secretaria, as intervenções no entorno devem durar até o fim da demolição e são acompanhadas pela Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), que fornecerá orientadores de tráfego.

Demolição do Edifício São Pedro: fases da obra

O processo de demolição começou em 5 de março último. Uma semana depois, os primeiros resultados podiam ser vistos. Marquises da área frontal e lateral do primeiro andar do prédio haviam sido derrubadas.

Um simulacro de arma foi encontrado no piso térreo da construção, durante os trabalhos iniciais. A Guarda Municipal recolheu também instrumentos supostamente utilizados para separação e embalagem de drogas.

As obras começaram pela parte superior do edifício. Desde então, as intervenções descem de andar paulatinamente, até atingir o térreo. Parte da cobertura estava demolida 17 dias após o início do serviço.

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Quando se completou um mês de trabalhos, 17% do projeto estava concluído. A vista para o antigo prédio não apresentava muitas modificações. Era possível ver a maioria das janelas abertas e quebradas, muito provavelmente em decorrência dos próprios trabalhadores que atuam na demolição.

Na sequência, a demolição foi suspensa devido a risco aos trabalhadores. Decisão foi da Superintendência Regional do Trabalho do Ceará (SRT-CE), que destacou, entre pontos de perigo, o uso de mini retroescavadeira. A máquina ficava suspensa por um guindaste no andar superior do prédio.

Após 12 dias de embargo, as obras foram liberadas em 17 de abril. Nova fiscalização foi realizada pelos auditores naquela manhã para saber se a empresa responsável tomou as medidas preventivas determinadas.

No local, foi constatada a realização de um novo plano de operação e implantação de medidas em relação às irregularidades apontadas. (Com Lara Vieira e Mirla Nobre)