Acusado de decapitar funcionário no IJF alega perseguição após boatos de traição, diz defesa

Homem disse que recebia apelidos de "banana" e "frouxo" em razão de boatos de traição

Francisco Aurélio Rodrigues de Lima, preso suspeito de decapitar Mizael Sousa da Silva, de 29 anos, dentro do Instituto Doutor (IJF), no Centro de Fortaleza, alega que o crime foi motivado após funcionários do hospital criarem boatos de traição entre sua namorada e a vítima. O crime ocorreu na terça-feira, 23.

A advogada Ariel Amorim, que concedeu entrevista ao O POVO, trabalha com a advogada Jéssica Rodrigues na defesa de Aurélio. Ela afirma que o auxiliar de cozinha está arrependido de ter cometido o crime.

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Após ficar viúvo, Aurélio iniciou o namoro com uma copeira do IJF. Ele teria relatado à advogada, que por muito tempo, foi alvo de apelidos e piadas dos colegas de trabalho. Toda a situação teve início após surgirem boatos de traição ent5re a namorada e a vítima. Segundo a advogada, Aurélio diz que que viu mensagens entre os dois, que foram apagadas e solicitou que a companheira deixasse o emprego. Diante da negativa, ele resolveu matar Mizael. 

Conforme a advogada Ariel Amorim, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva e Aurélio está no centro de triagem. 

“Ele realmente está muito arrependido com a situação, mas relata uma perseguição dos funcionários do IJF. Ele saiu em 2022 e diz que existia um boato que a vítima teria um envolvimento com a companheira dele. Mas até agora isso não está provado. Havia um desgaste, ciúmes e chegou a ver conversas e os funcionários falavam que ele era "banana" e "frouxo'”, descreve.

Aurélio será transferido para unidade prisional. Um detalhe sobre o caso é que o crime ocorreu no dia 23 de abril, quando completava dois anos da morte da esposa do auxiliar de cozinha. 

Em 2022, ele teria saído do emprego. Havia muito desentendimento com funcionários, que estavam sempre “caçoando” dele, ainda conforme a defesa.

Conforme a advogada, o homem fala que se arrependeu após o fato. Ariel Amorim acredita que o acusado possui problemas psicológicos, mas relata que a defesa está colhendo informações para apresentar à Justiça. 

De acordo com a advogada, no primeiro momento, após o crime, Aurélio queria se entregar, mas ficou temeroso com toda a repercussão do caso. Foi necessário que as advogadas entrassem em contato com a Polícia para que ele fosse detido em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza. 

Namorada prestou depoimento

A namorada de Aurélio prestou depoimento afirmando que o relacionamento era conturbado e que o companheiro exigia que ela saísse do trabalho. Ela nega qualquer relacionamento com Mizael.

Mizael era zelador de Copa e trabalhou na unidade por mais de dez anos. Ele era casado e deixa a companheira grávida e uma filha de sete anos. A família dele aponta a falta se segurança no hospital e a facilidade com que o homem entrou na unidade de saúde.

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