Edifício São Pedro: demolição atinge 17% de progresso após um mês de obras

Será investido cerca de R$ 1,7 milhão na obra, que deve continuar na parte superior do prédio pelos próximos dias

Um mês após o início da demolição do Edifício São Pedro, as obras de demolição atingiram 17% de progresso. Iniciado no dia 5 de março, a expectativa é que o processo seja concluído em até três meses, ou seja, em junho deste ano.

Segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Samuel Dias, os trabalhos estão atualmente concentrados na parte superior do prédio. A projeção é que a demolição ganhe velocidade assim que avançarem para o quarto pavimento da estrutura.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Passados 30 dias desde o anúncio da demolição do São Pedro, a vista para o antigo prédio não apresenta muitas modificações. Como dando seus últimos suspiros antes de desaparecer, agora é possível ver a maioria das janelas do São Pedro abertas — e quebradas —, muito provavelmente em decorrência dos próprios trabalhadores que atuam na demolição.

Já o monte areia, posto ainda na primeira semana ao lado do prédio para facilitar o acesso de maquinários aos andares mais baixos, agora parece maior. Contudo, apesar do anúncio de que a demolição teria início nos andares superiores, o progresso não aparenta ser muito evidente mesmo no pavimento.

Demolição do S. Pedro: poeira e visitas curiosas aumentaram

Silvana Cavalcante, 28, trabalha em uma pousada que fica ao lado do prédio em demolição. A funcionária descreve a situação ao redor como, no geral, tranquila. “Mas vem muita poeira pra cá, mas o barulho não atrapalha tanto e também não atrapalhou nosso fluxo de clientes”, relata.

Ela ainda descreve que, desde o anúncio da demolição do São Pedro, é cotidiano pessoas irem à redondezas curiosas. “Muita gente chega aqui na calçada para tirar fotos e filmar. Apesar da comoção, acho que isso vai ser bom pra nós no futuro, talvez venha ainda mais clientes”, pontuou Silvana.

Mais adiante, no decorrer da rua dos Tabajaras e já se aproximando da av. Beira Mar, Wilton Pereira, que há cinco anos trabalha como porteiro em um prédio residencial ao lado do São Pedro, comenta que o andamento da obra é questionado por moradores.

“A obra foi aprovada por quem mora aqui, principalmente por causa das pessoas que usavam o prédio para coisas ilícitas. Mas já escutei diversas reclamações de acharem que o processo está muito lento. Já faz mais de mês e quase não vemos mudança”, conta o funcionário.

“Outra questão é que aparecem muitos ratos por aqui. Sempre teve, mas agora tá demais. De noite, principalmente, tem muito rato nas calçadas”, concluiu Wilton.

Prefeitura afirma que parte superior é a mais desafiadora na demolição

Samuel Dias, que está a frente da Secretaria de Infraestrutura e, consequentemente, da demolição do São Pedro, comenta o estágio de demolição do prédio.

“No momento, estamos focados na demolição da cobertura, uma área que apresenta diversos planos e complexidades. São quatro pequenas coberturas no topo do prédio. A maioria das ações é manual, já que as máquinas mais pesadas não podem ser usadas nesta fase. É necessário utilizar um guindaste para erguer um equipamento mais leve, o que torna o trabalho mais difícil”, explica o gestor.

Ele comenta que, pelo menos pelos próximos 15 dias, a expectativa é que os trabalhos continuem nos pavimentos superiores, “uma parte mais desafiadora da demolição”.

O secretário relembra que a demolição acontece de cima para baixo e, conforme os trabalhos avançam para os pavimentos inferiores, a obra tende a ganhar velocidade. “Ganhamos mais espaço para trabalhar e com segurança. A partir do quarto pavimento, podemos introduzir máquinas mais pesadas, as quais terão acesso a esse andar por meio de uma rampa de terra que está sendo construída ao lado do prédio”, explica.

Conforme divulgado no início da intervenção, será investido cerca de R$ 1,7 milhão na obra. A gestão municipal deve buscar o ressarcimento dos custos da demolição com os proprietários do prédio.

Segundo o responsável pela Seinf, a estimativa de três meses tem como base obras similares já realizadas. “No entanto, reconhecemos que cada projeto tem suas particularidades e velocidade. O principal conceito adotado é a segurança e não estamos com pressa. A prefeitura está comprometida com a segurança das pessoas no entorno e nos trabalhadores”, concluiu o secretário.


Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

edificio são pedro praia de iracema seinf fortaleza demolição

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar