Crianças internadas no Hospital Infantil Albert Sabin recebem ovos de chocolate

A ação teve como objetivo proporcionar alegria aos pacientes e familiares, além de servir como um momento lúdico, de alívio às rotinas de tratamento durante a Páscoa

Além do significado religioso, a Páscoa é um dos feriados mais aguardados do ano por causa dos ovos de chocolate. Diante da data, celebrada nesta sexta-feira, 29, profissionais do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) decidiram distribuir os doces para as crianças internadas na unidade, na manhã desta quarta-feira, 27.

A ação, de acordo com a diretora-geral do Hias, Fábia Linhares, teve como objetivo proporcionar alegria aos pacientes e familiares, além de servir como um momento lúdico, de alívio às rotinas de tratamento.

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“Não é porque você está internado que você tem que ser castigado, que não pode participar da Páscoa, não ter acesso às guloseimas. Então, a gente faz questão de oferecer esse momento lúdico para as crianças para que ela participe e, talvez, até esqueça onde está”, ressalta a diretora.

“A gente promove essas datas comemorativas dentro do hospital para que haja essa integração e interação e que seja possível desmitificar a [ideia] que o hospital é só um lugar que fura e dá injeção. A gente mostra que [os profissionais] se importam com as crianças. No fim, isso vai melhorar o tratamento”, continua.

Sandra Albuquerque, médica da enfermaria de neurocirurgia da Unidade de Cuidados Prolongados (UCP) do Albert Sabin, destaca que, apesar da internação, os pacientes do hospital são crianças como quaisquer outras.

“Geralmente a gente olha para uma criança com um tumor cerebral grave, ou que nunca andou e falou, que vive com respiradores, e sentimos pena. Mas eu queria deixar registrado, [com base na] minha vivência, que elas são crianças alegres, felizes e que nos ensinam a gostar de viver.”

Ação levou sorriso a crianças e familiares

Rafael Santos Silva, 38, é pai de Maria Vitória, 6. Eles estão há três anos no hospital. Ele é natural de Aurora, a 464 km de Fortaleza, e se mudou para a Capital unicamente devido ao tratamento da filha. “Toda a vida que eles fazem [essas atividades], é uma bênção, porque a gente está nesse cotidiano de [apreensão], aí esses momentos trazem paz para a gente.”

"É um momento que a gente se sente mais vivo. Não é fácil ver um filho nosso hospitalizado, e esses momentos que proporcionam para a gente, são os melhores momentos”, continua.

Francisca das Chagas, 28, está no hospital desde junho de 2023 com a filha de 2 anos. “É maravilhoso saber que nossos filhos são lembrados pela equipe do hospital. Fico muito feliz de saber que eles fazem tudo isso para levar alegria às crianças e aos pais, que também participam.”

Teane Eliza Castro, 36, é mãe de João Pedro, 16. Ele está internado há cerca de dois meses por causa de uma síndrome rara. “Eu acho a ação muito bonita. Tanto eles quanto a gente ficam animados. Se nossos filhos estão felizes, a gente também está. Às vezes, eles ficam tristes, porque acham que já estão [internados] há muito tempo e ficam perguntando quando vão voltar para casa.”

“Então, esse momento deixa ele muito feliz, como também deixa a gente [os familiares]. Espero que continue assim”, adiciona.

Outra mãe é Maria de Fátima, 40. Ela é de Quixeré, a 201,7 km da Capital, e está na unidade há cerca de dez dias com filha de 10 anos. “É maravilhoso. Eu que sou mãe estou feliz. Não é todo hospital que a gente vê fazendo uma festa dessa. Minha filha é ansiosa, com uma festinha dessa ela fica melhor.”

Maria José Assunção, 46, também é do Interior. Ela veio de Aquiraz para dar continuidade ao tratamento da filha, Marília Assunção, 5. Elas estão na unidade há 15 dias. “Achei [a ação] muito boa. Dá uma alegria muito grande às crianças.”

Ação contou com ajuda de voluntários e profissionais

O evento foi dividido em duas etapas. Na primeira, os familiares se reuniram para um café da manhã e, na segunda, a equipe médica do hospital distribuiu os ovos de Páscoa para as crianças internadas nos leitos.

O café da manhã contou com a ajuda de voluntários. Uma das envolvidas foi a decoradora Eulália Freire. Ela tem o costume de ajudar o hospital em ações solidárias, tanto com a própria decoração quanto com doces e alimentos.

Ela começou a participar das ações após um câncer de mama. “Eu fico muito feliz vendo que nós conseguimos tirar aquele clima [negativo] do hospital. Fico muito feliz com o sorriso das crianças.”

Os ovos distribuídos foram arrecadados por meio de doações dos profissionais da unidade. De acordo com a diretora-geral, 492 ovos foram distribuídos.

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