Estudantes de escola pública criam jornal e denunciam problema com laboratório
Durante o vídeo, os alunos comentaram os impasses que estão enfrentando pelo fato de não possuírem a estrutura adequada para estudo
12:43 | Mar. 23, 2024
Os estudantes da EEMTI Liceu, do bairro Conjunto Ceará, em Fortaleza, decidiram criar um jornal para denunciar problemas no colégio. Na primeira edição, a pauta é a perda do "Labreli", como é chamado o laboratório de redação.
Durante o vídeo, os alunos comentaram os impasses que estão enfrentando pelo fato de não possuírem a estrutura adequada para estudo.
Um deles é Augusto, estudante do terceiro ano do ensino médio. Segundo o próprio, o laboratório foi fundamental no ano anterior porque o ajudou a aprimorar o modelo de redação cobrado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
"O Labreli do Liceu abriu meus olhos para esse tipo de prática constante da redação. [...] A gente sabe que daqui para novembro é um pulo. E, sem essa prática semanal, não só eu como todos os alunos, principalmente os que têm menos experiência, são prejudicados."
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Além disso, Jhemele, aluna do segundo ano do ensino médio, pontua que entende o peso da redação na vida acadêmica, mas que não sabe fazer.
"Eu não sei pontuar meus erros e acertos. Eu preciso de um profissional para me ajudar. Eu preciso de um lugar na escola para me dedicar a isso. [...] Então é frustrante, como aluno do ensino médio, não saber isso. E eu sei que eu não vou ter oportunidade de aprender, de realmente me especializar, me capacitar nisso."
Por fim, os estudantes afirmam que não vão desistir até ter o laboratório de volta. "O futuro da educação está em nossas mãos. Vamos unir forças para, juntos, lutarmos pelo laboratório."
Em resposta, a Secretaria da Educação (Seduc-CE) confirmou, em nota, que as aulas de redação constam no currículo escolar da rede estadual cearense.
Assim, "a Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor) já orientou a unidade escolar. Dessa forma, não haverá prejuízos para a aprendizagem dos estudantes."
O POVO tentou entrar em contato com a EEMTI Liceu para entender o cenário, porém, não obteve retorno. A matéria será atualizada quando houver resposta.