Evento promove inclusão da pessoa com síndrome de Down em Fortaleza
A campanha foi realizada na avenida Beira Mar neste domingo, 17, com shows que objetivaram o protagonismo do indivíduo com síndrome de DownUma “onda azul” tomou conta da avenida Beira Mar neste domingo, 17, reunindo famílias sob o lema “menos estereótipos, mais oportunidades” para as pessoas com síndrome de Down. O evento teve a promoção da Associação Fortaleza Down.
Em volta do palco, onde as apresentações aconteciam, e descansando em mesas na praia, os visitantes se uniam com suas camisas azuis e meias de cores diferentes. Estas tinham um objetivo claro, que o público fez questão de informar.
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“Muitas pessoas estão perguntando o porquê das meias coloridas, né? É um jeito de divulgar a ação e chamar os olhares da sociedade, porque muita gente desconhece a síndrome de Down, a trissomia do cromossomo 21”, destaca a pedagoga e especialista em atendimento educacional, Raquel Gondim.
A programação do evento, intitulado “Show de Inclusão”, precede o Dia Internacional da Síndrome de Down, em 21 de março, por quatro dias. A data é uma alusão à trissomia do cromossomo 21, condição genética das pessoas com síndrome de Down.
Mas se engana quem acredita que o dia oficial é feito apenas de celebrações, como afirma a diretora financeira da associação Fortaleza Down, Luana Lopes, ao ser questionada sobre a proximidade com a data internacional.
“Essa data vem representar um dia de luta. Na verdade, não é nem um dia de festa, é um dia em que as pessoas com síndrome de Down estão em busca dos seus direitos a uma vida normal, à educação, à saúde, ao trabalho… Simplesmente uma vida normal”, diz.
A influenciadora Alice Peres, 18, responsável pelo perfil no Instagram “Mundo de Alice”, não deixou de expressar sua animação em participar do evento. “Eu acho que vai ser muito lindo, maravilhoso”, declarou a jovem, eleita a primeira Miss Down do Brasil.
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"Show de Inclusão": evento promove a representatividade de pessoas com Síndrome de Down em Fortaleza
Para a presidente da associação, Shirley Chaves, desmistificar os rótulos comumente associados às pessoas com síndrome de Down é um dos objetivos do evento. “É uma forma de chamar a sociedade a ver e entender um pouco do potencial e da capacidade de superação que eles têm”, revela.
Entre os visitantes, o pré-candidato à prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner (União Brasil), marcou presença ao evento ao lado da candidata ao Senado nas últimas eleições estaduais, Kamila Cardoso.
“Esse evento traz para o debate essa questão toda (da inclusão da pessoa com síndrome de Down), então poder participar enquanto agente público, para divulgar o trabalho aqui desempenhado, é para mim um motivo de alegria e satisfação”, salienta.
A Ordem dos Advogados do Ceará (OAB-CE) também participou por meio do secretário-geral adjunto da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CDDPD), Maurício Lima.
Lima considera o evento um “não ao capacitismo” ao demonstrar a participação ativa da população com Síndrome de Down em Fortaleza, em uma oportunidade de exercer cidadania.
O filho de Maurício, Norton Lima, 30, foi um dos responsáveis por uma apresentação de dança no evento. Na ocasião, o artista performou ao lado da namorada, Marina, 24, e compartilhou sua visão sobre o conceito de inclusão da pessoa com síndrome de Down: “Com a dança, eu e ela vamos abrir portas”.