Servidores técnico-administrativos das universidades federais do Ceará entram em greve

A categoria pede reajuste salarial e revisão do plano de cargos e carreiras

18:14 | Mar. 16, 2024

Por: Alexia Vieira
Servidores das universidades federais do Ceará deflagraram a greve na sexta-feira, 15 (foto: Arquivo Pessoal)

Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Ceará (UFC), da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e da Universidade Federal do Cariri (UFCA) entraram em greve nessa sexta-feira, 15.

O objetivo é pressionar o Governo Federal em busca de reajustes salariais e mudanças no plano de cargos e carreiras. A categoria deve paralisar atividades nacionalmente.

Daniel Farias, coordenador da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), explica que a greve foi decretada após seis meses de negociação com o Governo Federal, que não apresentou propostas para as demandas dos servidores.

“Hoje é a carreira menor remunerada do serviço público federal. O salário inicial é menor que o salário mínimo”, explica. Os técnicos pedem um reajuste salarial compatível com a inflação e uma revisão do plano de carreira para que fique compatível com outros cargos do serviço público federal.

Segundo ele, o Planalto teria indicado a intenção de diminuir as disparidades entre as carreiras de servidores federais. No entanto, em uma reunião em fevereiro, representantes do Governo afirmaram não ter propostas para a categoria em 2024.

“A greve é o último recurso que o trabalhador tem. A gente tentou de tudo com o Governo, mas até o momento não conseguiu nada”, afirma. Daniel espera que o momento também evidencie a importância do trabalho dos servidores técnico-administrativos para o funcionamento das universidades.

“As pessoas realmente não sabem o que eles fazem. Mas os técnicos estão em todas as etapas, em tudo que é feito dentro da universidade”. Os servidores também devem protestar contra os cortes orçamentários sofridos pelas universidades e institutos federais.