Acusado de matar zelador no campus do Itaperi da Uece vira réu
Francisco Iranildo Soares Napoleão diz ter matado Márcio José Galdino Maciel em legítima defesa. MPCE diz que crime ocorreu após briga entre os doisO homem acusado de matar um zelador da Universidade Estadual do Ceará (Uece) dentro do campus do Itaperi, em Fortaleza, virou réu na Justiça. Francisco Iranildo Soares Napoleão, de 26 anos, foi denunciado por matar a golpes de foice Márcio José Galdino Maciel, de 43 anos, no último dia 21 de fevereiro. A acusação foi aceita nessa segunda-feira, 11.
Francisco Iranildo alegou em depoimento que efetuou os golpes em legítima defesa. O Ministério Público Estadual (MPCE), porém, afirma que a versão “está completamente divorciada dos demais elementos de prova colacionadas nos autos”.
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Conforme a denúncia, Francisco Iranildo estava com um amigo pescando na lagoa do campus quando decidiu cortar o capim que havia nas margens do espelho d'água. Galdino, então, aproximou-se dos dois e alertou que era proibido capinar no local, o que deu início a uma discussão entre ele e Francisco Iranildo.
O amigo que acompanhava o acusado tentou acalmar os ânimos, mas "decidiu se retirar do local, após perceber que o acusado FRANCISCO IRANILDO estava determinado em se manter em uma postura beligerante", afirmou na denúncia o MPCE.
Para o promotor Ythalo Frota Loureiro, o acusado buscou "deliberadamente uma escalada do conflito".
"Em suma, o acusado não aderiu ao comportamento de seu amigo, não deixou o local e preferiu se digladiar com a vítima, cometendo homicídio por motivo fútil, de modo consciente, situação que se afasta, por motivos óbvios, da excludente jurídica e moral de legítima defesa", afirmou.
A denúncia ainda aponta que a vítima tinha lesões nos braços compatíveis com ferimentos de defesa. E que, conforme uma testemunha, após o crime, Francisco Iranildo teria dito: "Fiz uma merda, eu matei o rapaz".
O acusado apresentou-se espontaneamente no 8º Distrito Policial para prestar depoimento e está em liberdade. A defesa dele tem dez dias para apresentar uma resposta à acusação.
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