Justiça mantém demissão de ex-PM acusado de matar esposa a tiros dentro de carro
Agente foi expulso da corporação em 2022 após Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD)A Justiça do Ceará manteve a demissão do ex-policial militar Manoel Bonfim dos Santos Silva. O agente foi expulso da corporação após decisão da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) em 2022. O militar é acusado de matar a companheira, Ana Rita Tabosa Soares, no dia 8 de outubro de 2020.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da Justiça na última terça-feira, 20, após sentença da Vara da Auditoria Militar do Ceará. O processo correu após a defesa do ex-PM entrar com pedido de anulação da decisão justificando que a demissão passou da esfera administrativa.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
De acordo com a decisão da Justiça, o recurso foi julgado como improcedente e as ilegalidades apontadas não teriam sido provadas.
Relembre o caso
Em outubro de 2020, o policial teria atirado em direção ao rosto da companheira após uma discussão entre os dois. O caso foi registrado na avenida Dr. Silas Munguba, no bairro Serrinha, em Fortaleza. O ex-cabo da PM foi preso, autuado e indiciado por feminicídio.
No processo da Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, a defesa argumentou que os fatos não aconteceram conforme os autos e alegou que o policial era acompanhado por um médico psiquiatra há três anos e que sofria de transtorno afetivo bipolar.
Na época, a defesa alegou que havia dúvida sobre a integridade mental e da capacidade do ato, sendo colocada em dúvida a inimputabilidade do acusado.